“Essa foi uma operação extremamente complexa, conduzida com rapidez e cooperação. Tivemos o apoio do Itamaraty, das autoridades bolivianas e da Polícia Federal, que atuou com competência e agilidade”, afirmou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em conferência de imprensa.

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta foi detido na sexta-feira na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra por agentes da Força Especial Boliviana de Combate ao Crime (FELCC).

Nascido e comandado de dentro dos presídios do estado de São Paulo, o PCC é a maior organização criminosa do Brasil, com ligações em diversos países vizinhos, principalmente Paraguai e Bolívia, e controla o tráfico de drogas em várias regiões do país.

Condenado a 12 anos de prisão no Brasil por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, Tuta constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020.

A detenção na Bolívia o ocorreu após Tuta comparecer numa unidade policial boliviana para tratar de questões migratórias, apresentando um documento falso.

“O criminoso ficará detido em presídio de segurança máxima do Sistema Penitenciário Federal de Brasília (SPF), cujo objetivo é isolar lideranças criminosas e presos de alta periculosidade”, indicaram em nota as autoridades brasileiras.

Na transferência para o Brasil participaram da operação 50 integrantes da Polícia Federal e transporte da fronteira boliviana para Brasília foi realizado em uma aeronave brasileira.

“Hoje, essas organizações criminosas atuam cruzando fronteiras para cometer crimes, esconder líderes e movimentar recursos ilícitos. Por isso, a resposta precisa ser global, integrada e rápida”, disse o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza.