No final de um encontro com Marco Rubio, de visita oficial ao Panamá, o Presidente panamenho disse que “a soberania do Panamá não está em causa” e que “não há qualquer dúvida” nem negociação sobre o Canal do Panamá, que continuará a ser operado pelo país.
No entanto, Marco Rubio fez saber que os Estados Unidos consideram que o tratado de transferência de controlo do Canal do Panamá foi violado.
O secretário de Estado “deixou claro que o ‘status quo’ [do canal] é inaceitável e que, na ausência de mudanças imediatas, os Estados Unidos devem tomar as medidas necessárias para proteger os seus direitos nos termos do tratado”, afirmou aos jornalistas a porta-voz de Rubio, Tammy Bruce.
O novo secretário de Estado norte-americano embarcou na sua primeira viagem internacional, com passagem pelo Panamá, Guatemala, El Salvador, Costa Rica e República Dominicana.
A visita ao Panamá acontece num momento de tensão sobre a promessa do Presidente dos Estado Unidos, Donald de Trump, de retomar o controlo sobre o Canal do Panamá, o que gerou a oposição das autoridades do país centro-americano.
Durante a sua audição de confirmação no Senado, Marco Rubio sugeriu que a utilização do Canal do Panamá pela China viola os termos da transferência do Canal do Panamá para os panamianos.
O Canal do Panamá foi construído pelos Estados Unidos, que o inauguraram em 1914 e o administraram até à sua transferência para o Estado panamiano em 31 de dezembro de 1999, conforme estabelecido nos Tratados Torrijos-Carter, assinados em 7 de setembro de 1977 em Washington.
De acordo com a agência Associated Press, embora o Presidente do Panamá diga que não está aberto a negociações sobre a pertença do Canal do Panamá, há quem acredite que o país poderá aceitar um compromisso para que seja retirada a gestão das operações, dos dois lados, à empresa Hutchison Ports, com sede em Hong Kong.
A visita de Marco Rubio ao Panamá foi contestada hoje nas ruas da capital, com cerca de 200 pessoas em protesto, com cartazes a defenderem a soberania do país, enquanto Mulino manifestou a expectativa de que esta visita oficial servisse para abordar questões sobre migração e combate ao tráfico de droga.
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