Segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, a conversa telefónica ocorreu a pedido de Erdogan e “centrou-se na dramática situação na Terra Santa”.
Nela, o Papa expressou a posição do Vaticano sobre a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza, desencadeada a 7 de outubro por um ataque daquele grupo a território israelita, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e 220 reféns, seguido de uma forte retaliação de Israel, ainda em curso, que vitimou até agora mais de 6.500 civis, entre os quais mais de 2.700 crianças, de acordo com a ONU.
“O Papa expressou a sua dor pelo que está a acontecer e recordou a posição da Santa Sé, esperando que seja possível alcançar uma solução de dois Estados e um estatuto especial para a cidade de Jerusalém”, indicou o porta-voz em comunicado.
Durante a conversa, Erdogan condenou “o massacre” que os ataques israelitas estão a causar na Faixa de Gaza, em resposta ao ataque inicial do Hamas.
“Os ataques de Israel a Gaza, que não têm justificação em nenhum texto sagrado, atingiram dimensões de massacre”, sustentou Erdogan na conversa com o líder da Igreja Católica, segundo um comunicado da Presidência turca.
“A indiferença da comunidade internacional em relação ao que está a acontecer é uma vergonha para a humanidade, e todos os Estados deveriam erguer a voz contra esta tragédia”, acrescentou o Presidente turco.
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