O programa oficial da visita do Papa a Portugal para a JMJ, entre 02 e 06 de agosto, inclui uma visita de duas horas a Fátima, encontros com estudantes refugiados e crianças desfavorecidas, mas há também um programa que “não está no papel”, revelou o bispo Américo Aguiar, durante a apresentação pública do programa que está a decorrer na Estufa Fria, em Lisboa.
“Além do programa oficial, o encontro com vítimas de abusos vai acontecer, mas não é dito”, afirmou o responsável pela organização da JMJ, que começa dentro de dois meses.
A organização explicou que optou por não divulgar a iniciativa no documento escrito para garantir a privacidade das vítimas: “Se disséssemos que o Papa vai encontrar-se às x horas em x lugar, algum media não iria resistir à tentação de estar lá para fotografar e filmar e temos de salvaguardar a sua imagem. O encontro vai acontecer”.
Segundo o bispo, no encontro deverão estar cerca de três dezenas de vítimas, tendo em conta os elementos que têm estado presentes nas reuniões preparativas.
Questionado sobre quem tomou a iniciativa de avançar com este encontro, se as vitimas ou a Igreja, o responsável explicou que foi uma união de vontades: “É um casamento com comunhão de adquiridos. Quer o Santo Padre, sempre manifestou esse desejo, assim como nós, em todos os encontros preparativos, sempre manifestamos esse desejo”.
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