Como costuma acontecer no país, o quinto mais populoso do mundo e um dos mais expostos a fenómenos climáticos extremos, especialistas em meteorologia apontam o dedo às alterações climáticas.
O país pobre da Ásia do sul continua a repetir que os seus 240 milhões de habitantes (cerca de 3% da população mundial) apenas são responsáveis por 1% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa.
Muitos estão agora preocupados no Paquistão: as chuvas de abril já mataram pelo menos 144 pessoas, entre as quais dezenas de crianças, quando as casas desabaram devido a chuvas torrenciais.
Mas as monções, com as inundações e danos, deverão chegar em julho e durar até setembro.
Além das inundações, o país também foi atingido por ondas de calor mortais e por alguns dos piores níveis de poluição atmosférica do mundo, fenómenos cujo impacto é agravado, dizem os peritos, pela falta de infraestruturas e por uma má governação.
Em abril, a precipitação atingiu “59,3 milímetros”, bastante além da média habitual de 22,5 milímetros, precisam os serviços de meteorologia, num relatório divulgado na sexta-feira.
O Baluchistão, a maior província do Paquistão nas fronteiras com o Irão e com o Afeganistão, conheceu o aumento mais significativo do país.
Os serviços de meteorologia registaram ali níveis de precipitação quatro vezes e meia superiores aos normais para a época.
O maior número de vítimas humanas, com 84 mortes, entre as quais 38 de crianças, foi registado na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste fronteiriço com o Afeganistão, onde 3.500 habitações ficaram danificadas.
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