"A ideia propalada com alguma irresponsabilidade de que no futuro não haverá pensões para ninguém é uma ideia falsa. É um erro grosseiro", frisou o ministro que tutela a Segurança Social, numa intervenção proferida na sessão comemorativa dos 25 anos do Conselho Económico e Social (CES), na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Sem mencionar nomes, Vieira da Silva dirigia-se a alguns críticos do atual sistema de Segurança Social e à sua insustentabilidade.
"É pouco credível pensar que é possível, daqui a umas décadas, garantir níveis de bem-estar equiparados no mínimo aos que existem hoje sem aumento de recursos públicos para garantir esses rendimentos", disse o ministro.
Embora haja "uma tendência para que esse problema surja ou se reforce, isso não quer dizer que haverá falência do sistema e que não haverá pensões para ninguém", frisou o ministro da tutela.
"Esta confusão com a existência de desequilíbrios e com a existência de falência é catastrófica. A existência de défices só é um problema se não houver recursos", reforçou ainda Vieira da Silva.
O Governo está a dois dias de apresentar no parlamento o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), numa altura em que o debate em torno do aumento das pensões e a sustentabilidade do sistema, bem como alternativas de financiamento, está em cima da mesa.
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