"Após a decisão tomada de estender o artigo 50.º para 31 de outubro, posso confirmar que a Câmara fica suspensa hoje e volta a sentar-se na terça-feira, 23 de abril", disse.
Além de sexta-feira, o fim de semana da Páscoa inclui um outro feriado, na segunda-feira.
Na agenda anunciada pela ministra para a primeira semana de trabalhos parlamentares não está previsto qualquer debate ou votação sobre o ‘Brexit'.
Leadsom referiu que "o que se passa no parlamento está a ser acompanhado por mais pessoas desde sempre" e que a página eletrónica foi visitada por mais de um milhão de pessoas no mês de março, cinco vezes mais do que a média.
"Podemos estar a enfrentar um momento muito difícil no parlamento, mas o lado positivo é este aumento da participação democrática", saudou Leadsom.
Leadsom falava antes de uma intervenção esperada hoje da primeira-ministra britânica, Theresa May, na Câmara dos Comuns para atualizar os deputados sobre o Conselho Europeu de quarta-feira em Bruxelas, onde foi decidido, num anúncio feito já esta madrugada, adiar o ‘Brexit' por mais cerca de seis meses, até 31 de outubro.
A saída britânica da UE pode ocorrer mais cedo se um acordo de saída for entretanto ratificado, ocorrendo "no primeiro dia do mês seguinte à conclusão dos procedimentos de ratificação ou em 1 de novembro de 2019, consoante a data que ocorrer primeiro", referem as conclusões divulgadas esta madrugada.
Numa declaração após a reunião, a primeira-ministra britânica, Theresa May, manifestou a esperança de ver o ‘Brexit' acontecer a 01 de junho e evitar que o Reino Unido participe nas eleições para o Parlamento Europeu a 23 de maio se o parlamento aprovar um acordo primeiras três semanas de maio.
Porém, tal depende do desfecho das negociações entre representantes do governo britânico e do partido Trabalhista para procurar um entendimento relativamente ao processo da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), em curso há cerca de uma semana e que estão previstas continuar hoje.
Em declarações hoje à BBC, o ministro "sombra" para o ‘Brexit' do partido Trabalhista, Keir Starmer, declarou que o prolongamento da data para concluir o processo foi positivo para as empresas e população em geral, mas que "a verdadeira questão para a primeira-ministra é saber o que vai ela fazer com este tempo porque não é possível continuar assim".
As negociações, disse, estão a correr "de boa fé" e com um "profundo sentido de dever para quebrar o impasse", mas lamentou ainda existir uma grande distância entre as duas partes e "desafios muito difíceis".
Além de desejar que o Reino Unido entre numa união aduaneira com a UE, algo que May tem repetidamente rejeitado, o ‘Labour' quer garantir que promessas feitas durante estas negociações sejam preservadas após a saída de funções da primeira-ministra.
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