A sessão plenária da assembleia eleita em 21 de dezembro último sublinhou que a maioria dos parlamentares é “favorável” à “criação de uma Catalunha como Estado independente” e defendeu que Puigdemont é o “candidato legitimo do parlamento à presidência da Generalitat [executivo regional]”.
No entanto, a maioria independentista que aprovou o texto decidiu não ratificar a declaração de independência votada a 27 de outubro de 2017, como tinha sido proposto nos últimos dias pelos radicais da Candidatura de Unidade Popular (CUP, extrema-esquerda antissistema).
A resolução foi aprovada depois de várias semanas de bloqueio político na Catalunha, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional de proibir uma nova investidura de Carles Puigdemont fugido na Bélgica.
A lista “Juntos pela Catalunha” de Carles Puigdemont foi a mais votada do bloco independentista nas eleições de 21 de dezembro último que no seu conjunto tem 70 dos 135 deputados regionais eleitos.
O Tribunal Constitucional espanhol afastou a 27 de janeiro último qualquer possibilidade de Puigdemont ser investido à distância como presidente do novo executivo catalão, visto estar fugido na Bélgica e ser investigado por delitos de rebelião, sedição e peculato.
O “processo” de independência da Catalunha foi interrompido em 27 de outubro de 2017 quando o Governo central espanhol decidiu intervir na Comunidade Autónoma, nomeadamente através da dissolução do parlamento regional, a destituição do executivo regional e a convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de dezembro último.
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