De acordo com Starmer, um dos responsáveis pelas questões do ‘Brexit’ do partido, esta posição é partilhada "unanimemente" entre os trabalhistas e será confirmada na segunda-feira num discurso do seu líder, Jeremy Corbyn.
"O atual regime aduaneiro está consagrado no Tratado de Adesão [à UE], por isso, penso que todos agora reconhecem que é necessário um novo tratado. Ele fará a vez da união aduaneira”, explicou ao canal BBC.
"Haverá um novo acordo, mas funcionará como a união aduaneira atual? Sim, essa é a intenção", disse.
"Esta é a única maneira de obter um acesso livre de tarifas aduaneiras" no mercado europeu, afirmou Keir Starmer.
Também referiu que sem uma união aduaneira será impossível para o Reino Unido honrar o seu compromisso de não restabelecer uma fronteira entre a província britânica da Irlanda do Norte e a vizinha República da Irlanda após a saída do Reino Unido da UE.
Os trabalhistas, principal partido da oposição, pronunciaram-se no verão de 2017 pela manutenção do Reino Unido no mercado único europeu por um período de transição após a saída da UE, prevista para março de 2019.
Hoje, mais de 80 figuras trabalhistas - parlamentares, deputados europeus, eleitos locais e sindicalistas - pediram também o envolvimento de Jeremy Corbyn para manter o Reino Unido no mercado único europeu, o que permitiria a livre circulação de mercadorias, pessoas, capital e serviços.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, irá esclarecer a sua visão de parceria ‘pós-Brexit’ na próxima na sexta-feira.
Londres diz que quer deixar o mercado único e a união aduaneira, acabar com a liberdade de circulação de imigrantes e a jurisdição do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Ao mesmo tempo, Theresa May quer negociar um acordo que reduza, tanto quanto possível, as taxas aduaneiras e os procedimentos administrativos.
Comentários