"Sim, estou disponível, acho que há muito trabalho a fazer na Caixa", disse Paulo Macedo quando questionado sobre o tema, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do banco público (lucros de 392 milhões de euros), que decorreu hoje na sede do banco, em Lisboa.
Paulo Macedo considerou ainda natural o facto de o banco público estar a fazer prospeção de possíveis novos administradores, o gestor considerou-o um processo normal.
"Penso que foi o Ministério das Finanças que referiu o recurso à Egon Zehnder para uma ou duas posições no conselho, é uma prática que eu diria que é normal", referindo também que a primeira coisa necessária "é perguntar às pessoas se estão disponíveis" para os cargos.
Na semana passada, o jornal Expresso noticiou que a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, Cristina Casalinho, e o ex-Comissário Europeu Carlos Moedas tinham sido sondados para a administração da CGD, com as Finanças a confirmarem o recurso à Egon Zehnder para procurar nomes.
Questionado quais os desafios que o levam a querer continuar à frente da Caixa, Paulo Macedo referiu que "há uma enormidade de coisas para fazer face aos desafios da banca".
"Temos um setor que terá receitas estagnadas, designadamente em Portugal, onde as margens estão a cair e as comissões não se prevê que possam subir", e onde "as pessoas querem ir cada vez menos às agências e querem ter a comodidade de fazer todas as operações à distância", referiu.
O gestor referiu ainda a consolidação na banca a nível europeu como um desafio, considerando que "não só há uma vontade das autoridades europeias de haver consolidação, como há uma procura de sinergias e menores custos".
"Isto leva a aparecer, como está aqui previsto na Ibéria, bancos de muito maior dimensão. Alteram equilíbrios e também fazem com que determinado tipo de escala tenha determinadas vantagens competitivas que outros bancos sem esse tipo de escala não podem ter", referiu.
Paulo Macedo é o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos desde 2017, e o próximo mandato será de 2021 a 2024.
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