Numa reação divulgada na rede X, o chefe da diplomacia portuguesa afirmou que “Portugal saúda a aprovação, pelo Congresso dos Estados Unidos, de um pacote de ajuda de 61 mil milhões de dólares [57 mil milhões de euros] à Ucrânia”, acrescentando: “Juntamente com a União Europeia, apoiamos a Ucrânia na defesa dos nossos valores e princípios democráticos comuns”.

Esta assistência militar e económica, que resulta de meses de negociações tensas, acabou por receber apoio das duas bancadas parlamentares na câmara baixa do Congresso e deve agora ser aprovada no Senado, de maioria democrata, onde uma primeira votação poderá ocorrer já na terça-feira.

O pacote de ajuda à Ucrânia foi o mais significativo de um conjunto de três leis em votação numa rara sessão ao sábado, que incluiu o apoio a Israel e a Taiwan, num volume total de 95 mil milhões de dólares (89 mil milhões de euros).

A Câmara dos Representantes aprovou o projeto de lei do apoio à Ucrânia com 311 votos a favor e 112 contra.

Conhecido o resultado, congressistas festejaram e agitaram bandeiras nacionais ucranianas.

Após vários meses de bloqueio, a Câmara dos Representantes finalmente adotou o grande plano de ajuda à Ucrânia, mas no campo de batalha esse atraso terá custado a Kiev vários reveses militares contra o Exército russo.

Nos últimos meses, a Ucrânia tem sofrido intensas campanhas de bombardeamentos das forças de Moscovo contra as suas principais cidades e infraestruturas energéticas, provocando vítimas civis.

Há vários meses que as autoridades de Kiev reclamam mais armamento e munições para conter os raides aéreos da Rússia e as progressões dos seus militares nas frentes de combate no leste do país.

Principal aliado militar da Ucrânia, os Estados Unidos não adotavam um grande pacote para Kiev há quase um ano e meio, devido ao bloqueio da ala radical dos republicanos no Congresso.