De acordo com informações recolhidas pela agência noticiosa espanhola Efe, 16 estudantes universitários, a produtora de filmes brasileira Emilia Mello e os seus colegas nicaraguenses Arielka Juárez e Ronny Cajina foram detidos “arbitrariamente” pelas autoridades quando se deslocavam, no sábado, para a cidade de Granada, sudoeste da Nicarágua, onde centenas de pessoas se manifestavam contra o Presidente Daniel Ortega e sua mulher, a vice-presidente Rosario Murillo, e a favor da libertação dos presos políticos.
Em resposta à Efe, a Polícia Nacional da Nicarágua não confirmou esta denúncia.
Milhares de opositores do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, manifestaram-se no sábado em várias cidades do país.
Em Granada, no sudoeste da Nicarágua, centenas de pessoas que se opõem ao governo, marcharam pelas ruas apesar da forte presença da força policial e de grupos de civis a serviço do governo para atacar violentamente os manifestantes, de acordo com uma declaração de um organizador desta manifestação.
Alguns manifestares empunhavam a bandeira da Costa Rica e uma faixa e uma faixa que dizia “Obrigado, irmãos” como um sinal de gratidão por este país vizinho ter acolhido milhares de nicaraguenses que fogem da crise e dos confrontos violentos desde 18 de abril passado, que, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, já causaram mais de 400 mortos e mais de dois mil feridos.
Os protestos contra Ortega e sua mulher começaram devido a umas reformas falhadas na Segurança Social, escalando para a exigência de renúncia dos mandatos.
Ortega está há 11 anos seguidos no poder, enfrentando diversas acusações de abusos e corrupção.
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