O facto de estes documentos estarem a circular na internet implica “um risco muito grave para a segurança nacional e podem potencialmente alimentar a desinformação”, indicou à comunicação social Chris Meagher, um porta-voz do ministério da Defesa norte-americano.
“Prosseguimos a investigação sobre a forma como tudo isto aconteceu, e ainda a amplitude do problema. Foram adotadas medidas para analisar a forma como este género de informação foi distribuída e a quem”, acrescentou.
Um fluxo contínuo de fotografias e documentos classificados foram revelados nos últimos dias através do Twitter, Telegram, Discord e outros meios digitais, apesar de alguns circularem em linha durante semanas sem atraírem a atenção mediática.
O porta-voz do Pentágono escusou-se pronunciar sobre a sua autenticidade, assegurando que uma equipa do ministério estava a tentar determinar a sua origem, mas reconheceu que as fotos difundidas parecem conter informações sensíveis.
Diversos ‘media’ têm indicado que diversos responsáveis norte-americanos consideram que muitos dos documentos são autênticos.
“As fotos parecem mostrar documentos de formato semelhante ao utilizado para fornecer atualizações diárias aos nossos altos responsáveis das operações relacionadas com a Ucrânia e a Rússia, e ainda outras atualizações de informações”, disse Meagher, mas algumas “parecem ter sido alteradas”.
De acordo com os norte-americanos, um dos documentos aparenta ter sido alterado para deixar entender que a Ucrânia registou mais perdas em combate que a Rússia, e quando o suposto original indicava o contrário.
No domingo, o Pentágono tinha já referido que os Estados Unidos estão a avaliar os riscos para a segurança do país, na sequência da divulgação dos documentos secretos, incluindo relacionados com a invasão russa da Ucrânia.
Divulgados em redes sociais, os documentos podem mostrar-se valiosos para Moscovo, ao permitirem saber até que ponto os serviços secretos norte-americanos penetraram em partes do aparelho militar russo, de acordo com meios de comunicação social norte-americanos.
O Departamento de Justiça dos EUA, que abriu uma investigação no sábado, está a tentar identificar a fonte da fuga e ainda a examinar a validade dos documentos divulgados. O Washington Post citou responsáveis para avançar que alguns documentos aparentam ter sido falsificados. Mas a maioria deles corresponde a relatórios da CIA (serviços secretos), presentes na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado, disse a mesma fonte.
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