A realidade que vivemos hoje com a pandemia da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, tem uma dimensão imensa à escala global. Ao mesmo tempo, concretiza-se dentro de cada um de nós, a cada segundo.
É tão simples quanto não ter vontade de fazer uma refeição. E tão complexo que por vezes entramos em espirais destrutivas de que temos dificuldade de sair.
Tão simples como sentir o coração a bater mais rápido. E, ao mesmo tempo, profundo a ponto de não conseguirmos discernir tudo o que está por detrás daquele batimento acelerado.
Numa pandemia que leva as economias mundiais a pararem, as populações a ficarem fechadas em casa, os políticos a tomarem decisões inéditas, descemos da imensidão das pesadas estruturas para o concreto dos nossos organismos e para a subjetividade das nossas mentes.
O desconhecido e a incerteza trazem ansiedade. A ansiedade, se se prolongar muito no tempo, pode implicar trauma e cuidados de apoio psicológico a médio e longo prazo. Há perdas a vários níveis que justificam que se fale até em luto.
O que é isto que estamos a sentir? Sentimos todos da mesma maneira? Temos de ser otimistas a toda a hora?
Para nos ajudar a responder a estas e outras perguntas, o SAPO24 falou com Ana Santos, psicóloga clínica que fundou a consulta do luto no PIN e membro da equipa do serviço de pedopsiquiatria do hospital Fernando da Fonseca (mais conhecido por Amadora-Sintra).
Ana Santos lembrou, no final, um livro que nos ensina a olhar para o sol como metáfora da regulação emocional. Antes disso, falámos de luto e de trauma, de sinais de alerta e de estratégias saudáveis, do agora e do depois.
O luto normalmente é associado à morte. Mas não se faz luto só nessas situações…
Não, o luto não tem de ser só por morte. Tem muito mais que ver com a experiência de perda de algo. Há o luto por divórcio, o luto por diagnóstico de uma doença, por perda de um contexto social, de um cargo profissional. Tudo isto podem ser experiências de perda.
Perdemos a rotina, podemos perder o contacto ou a proximidade com algumas pessoas. E, sim, perdemos pessoas
O momento que vivemos atualmente é um desses casos?
Numa visão mais imediata, acho que ainda estamos muito no campo da ansiedade e do stress. Tudo o que temos de gerir para rapidamente nos readaptarmos a uma nova rotina e a novos papéis. Todas as orientações que têm estado a ser dadas são precisamente para que isso não aconteça - para as pessoas manterem a relação, telefonarem, usarem as novas tecnologias. Precisamente para não haver uma experiência de perda da relação. Pode não haver proximidade física, mas não significa que não haja uma relação.
Mas, na continuidade e tal como já tem vindo a acontecer, também nos confrontamos com as notícias de morte e a experiência de perda. Perdemos a rotina, podemos perder o contacto ou a proximidade com algumas pessoas. E, sim, perdemos pessoas. Por outro lado, podem existir perdas secundárias.
O que são?
São as perdas que vêm com as alterações financeiras, alterações no emprego, etc. Por causa delas temos de mudar os filhos de escola, mudar de casa. Podemos ter muitas perdas secundárias ao longo deste processo. Ainda não sabemos muito bem quais é que são todos os impactos que isto vai ter depois. Há duas visões muito diferentes: uma mais imediata, na resposta de emergência e de adaptação. E outra no médio e longo prazo, com outras áreas de intervenção, onde o trabalho de luto e trauma será importante.
Para onde é preciso olhar nesse médio, longo prazo?
Há quem possa começar a desenvolver coisas mais complicadas a nível da ansiedade, quadros depressivos por perdas reais - se alguém adoecer seriamente ou se perder alguém -, stress pós-traumático, para quem está a dar resposta no terreno, num nível mais intenso e constante de ansiedade e de exposição. Com as perdas já reais, o apoio nos processos de luto também será essencial. Seja por covid, seja por outras causas, que se misturam nesta fase tão exigente.
Que elementos tornam esta vivência potencialmente traumática?
Por definição, uma experiência traumática é uma experiência à qual não conseguimos atribuir sentido, que esgota ou dá a sensação que esgota os nossos recursos para nos protegermos ou protegermos os outros, para impedirmos alguma coisa de acontecer, em que nos sentimos desamparados. Pode ser uma experiência isolada e curta (como, por exemplo, um assalto) ou algo mais mantido no tempo, que enfrentamos de forma cumulativa.
O que é que se pode fazer agora para contribuir para que assim não seja?
É preciso criar respostas não só de apoio profissional mas também entre pares - os colegas falarem uns com os outros, pedirem ajuda, pedirem para parar, dizerem que não aguentam. Isto tem de estar bem instalado e parece-me claramente que as entidades e instituições criaram redes de apoio aos seus profissionais precisamente pensando naquilo de que eles vão precisando sem que cheguem ao limite.
O que está a ser feito?
Por exemplo, o hospital Fernando da Fonseca [Amadora-Sintra] e os hospitais da Universidade de Coimbra, organizaram-se para terem respostas de apoio psicológico presencial ou telefónico para os profissionais de saúde. Nestes, a ideia dos apoios psicológicos e de prestar suporte às equipas que estão a dar resposta no direto é sempre preconizada pensando que são os colegas que criam respostas. É só interno. São as próprias instituições que percebem que é preciso criar respostas de apoio para quem está no terreno. Também tenho percebido que há instituições de ensino a fazer isto, como por exemplo o ISPA [Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida], que desenvolveu uma linha de apoio aos profissionais de saúde. Isto acontece precisamente porque as pessoas já conseguem antecipar o desgaste que vai ser.
Em que consiste esse apoio?
São momentos de ventilação [desabafo, expressão das emoções] para que aquela experiência não seja sentida como avassaladora e os profissionais não se sintam a vivê-la sozinhos e em sobrecarga. E é mesmo isto. Não têm de ser momentos de psicoterapia ou para falar de todas as preocupações. São só momentos para se sentirem amparados, para não viverem isto com uma perceção de solidão, para ventilarem.
É importante ir criando esta possibilidade de os profissionais sentirem algum controlo - poderem tomar medidas que protejam a família, saberem que alguém vai ouvir quando sinalizarem dificuldades. Isto dá uma perceção de controlo numa situação em que parece que nada se controla. Nesta fase, isto é a resposta ideal. Depois, a médio e longo prazo, terão de existir respostas diferentes.
No luto, muitas vezes fala-se em fases. Esta também é uma experiência em que se apliquem essas fases?
No processo de luto, quando falamos nesta ideia de perda, mesmo que não se trate de morte, cada vez mais já não nos orientamos tanto pelos modelos de fases, mas pelos modelos de tarefas terapêuticas de integração da perda. Passa por nos irmos adaptando à nova realidade com tudo o que isso nos vai fazendo sentir, pensar, fazer… Dependendo do quê? De um processo muito transversal: a regulação emocional.
"A ansiedade é tudo o que sentimos, o que pensamos, as pistas que o corpo nos dá, os comportamentos que temos quando estamos mais assustados"
O que é a regulação emocional?
É como nos vamos adaptando a uma realidade de que não gostamos ou que não queremos ou que não escolhemos. E, ao mesmo tempo que nos confrontamos com ela, como nos regulamos dentro dela. Se estivermos sempre a fazer de conta de que não é a nossa realidade, a fugir, a evitar, a não cumprir regras, a não nos adaptarmos às mudanças nas rotinas ou a não querer falar sobre o que está a acontecer, não nos estamos a regular. Se nos deixamos imergir muito nesta realidade, também não nos estamos a regular. Porque se calhar ficamos ansiosos, refilamos, achamos que vamos ficar doentes e vamos buscar sintomas, não conseguimos funcionar porque só pensamos nisto. Ou temos o polo de evitar e de fazer de conta que não é real. Ou temos o polo contrário de ficarmos muito imersos. Nenhum dos dois permite uma regulação e uma funcionalidade.
Quais são os sinais de que a regulação emocional está a ser bem feita? O que podemos fazer para garantir isso?
É quando temos as duas coisas a acontecer em simultâneo, de forma integrada. Nós fomos muito educados para escolher lados. Mas seremos tão mais saudáveis psicologicamente quanto mais conseguirmos perceber tudo aquilo que somos. Estamos ansiosos, porque é normal numa situação destas. E ao mesmo tempo continuamos a ligar às pessoas de quem gostamos. A pessoa que está preocupada e que vê as notícias é a mesma pessoa que consegue manter o seu trabalho. É por isso que existem cada vez mais mensagens na perspetiva do bem-estar psicológico de aceitar a nossa ansiedade, o nosso medo, as nossas preocupações. Isto é regulação, porque não estamos nas estratégias rígidas, estamos a flexibilizar. Fazer isto pode ser muito cansativo porque estamos sempre neste esforço. Mas também é muito protetor. Essa dualidade é muito importante.
Qual é o papel do desconhecido e da incerteza nestes processos?
Geram ansiedade. Como o momento é incerto podem-se criar muitos cenários. E, às vezes, os cenários são catastróficos. É exatamente isso que aumenta as respostas de stress e de ansiedade.
"Perdoem-se por não serem sempre otimistas. Não faz mal ter medo, estar cansado, ter gritado em casa porque estão fartos de estar fechados, não ter tido paciência para fazer um jantar melhor"
Estamos sempre a falar de ansiedade… Afinal o que é isso da ansiedade?
A ansiedade é tudo o que sentimos, o que pensamos, as pistas que o corpo nos dá, os comportamentos que temos quando estamos mais assustados e quando esse medo e essa preocupação já não são só úteis e protetores, nem pontuais. Os comportamentos podem ser de evitamento ou de segurança. Por exemplo, posso precisar de ver as notícias a toda a hora porque acho que é isso que me vai dar segurança. Ou posso desligar-me completamente das notícias da televisão porque não quero confrontar-me, quero evitar. E isso também não é adaptativo.
Às vezes ouvimos alguns especialistas dizerem: "Precisamos de ser otimistas". É realista e saudável ser otimista neste momento?
É saudável. Mas há momentos - momentos [reforça] - em que vamos ser otimistas e momentos em que não vamos. E quando não formos, não temos de acrescentar crítica, porque já nos chega a preocupação e o esforço em que estamos. O desafio é: quando não formos otimistas, não faz mal. Perdoem-se por não serem sempre otimistas. Não faz mal ter medo, estar cansado, ter gritado em casa porque estão fartos de estar fechados, não ter tido paciência para fazer um jantar melhor. Quando se diz "é preciso ser otimista", é para passar uma mensagem de esperança para as pessoas não se envolverem nos seus pensamentos catastróficos. Falta só acrescentar este outro lado: "Quando não forem [otimistas], também está tudo bem".
Às vezes criticamo-nos para melhorarmos, para sermos mais perfeitos, mas ficamos mais ansiosos e acabamos por falhar novamente. É um ciclo. Esta poderia ser uma ótima oportunidade para as pessoas se perdoarem pelas pequenas falhas e se perdoarem uns aos outros, no dia a dia.
Num momento destes, comunicar que estamos ansiosos, tristes, etc. é saudável e útil ou é desorganizador para os outros?
Temos de ter a noção de que nem sempre estamos rodeados de pessoas que se conseguem regular sozinhas ou comunicar tudo aquilo de que precisam. Isto para dizer o quê? Que não é sempre bom dizer tudo, porque podemos estar com alguém deprimido ou com alguém mais ansioso, e pode não ser útil. Mas, de forma global, ir dizendo aquilo de que precisamos é útil mesmo que a outra pessoa não esteja tão estável. Ir dizendo: "Isto está a ser difícil para mim", "Já estão a ser muitos dias a dizeres que não gostas de nada", "Às vezes também fico chateada, também fico cansada disto". Poder ir dizendo é sempre melhor para abrir possibilidades de esclarecer.
Há aqui uma sensação de que estamos todos mais ou menos a viver o mesmo. A psicologia também explica estas experiências a nível coletivo?
Há alguns modelos, que até vão beber muito influências do budismo e do mindfulness [estado mental de autorregulação e atenção plena ao momento presente], que falam muito da ideia de humanidade comum. É uma ideia importante às vezes no acompanhamento terapêutico, porque nos esquecemos de que todos sofremos, todos perdemos pessoas, todos temos medos, todos nos irritamos… Perdemos essa capacidade de estar nestes momentos de forma mais comunitária.
"Quem está com outras pessoas tem de gerir conflitos se calhar muito mais frequentes"
O sentido comunitário pode ser um fator protetor?
Sim. Esta lupa mais coletiva pode ajudar nalguns momentos em que as pessoas estejam hiperfocadas na sua experiência, às vezes até com crítica do género "só eu é que não sou capaz", "só eu é que não me estou a adaptar”. Se calhar estamos todos a ter dificuldades, se calhar estamos todos a sofrer, se calhar está a ser difícil para muita gente. Claro que não queremos com isto invalidar a necessidade de cada um. Se alguém diz "não, sou só eu", então nesse momento a pessoa está a precisar de poder falar sobre si. "Estamos todos neste barco, mas então fala-me lá de ti. É disso que estás a precisar". Mas nalguns momentos, [a humanidade comum] pode ser uma lupa muito útil. Pode facilitar para retirar essa crítica que temos de fazer sempre bem e melhor - na verdade, estamos todos em esforço - e pode facilitar para nos ligarmos mais uns aos outros.
As diferentes pessoas, pelas diferentes circunstâncias em que estão a viver este momento, vão precisar de ter estratégias diferentes, vão regular-se de maneiras diferentes. Como é que é a gestão para quem está com outras pessoas em casa?
Quem está com outras pessoas tem de gerir conflitos se calhar muito mais frequentes, gerir estratégias que podem ser diferentes entre todos. Se as pessoas tiverem muita consciência de que isto é real, que lhes vai acontecer, que elas não estão a falhar só porque se estão a zangar, se calhar reduzem esta crítica e aumentam uma tolerância para se adaptarem
E quem está sozinho?
Quem está sozinho está com os seus pensamentos, com toda a sua experiência interna. Passa pelo esforço de regulação emocional. O desafio é: o que é que eu faço com o que eu vou pensando e sentindo? Na verdade, a pessoa está fisicamente sozinha, mas não tem de estar relacionalmente sozinha. Se tinha alguém a quem pedir ajuda, continua a ter. Se pode fazer uma videochamada e jantar acompanhada, faz. Exige mais às pessoas na iniciativa de procurar a relação, mas a partilha pode estar lá na mesma.
"O luto terá as mesmas questões, necessidades e desafios que tem noutra situação. (...) Neste caso, agrava a ideia de poderem ficar mais assuntos pendentes"
E comparando pessoas mais novas e pessoas mais velhas?
Depende das estratégias que já usavam em situações difíceis. Isto tem muito mais que ver com aquilo que cada um tem tendência para fazer, independentemente da sua idade. Mas as pessoas, de forma mais informal, vão partilhando que os mais velhos podem ter dificuldade em compreender que têm de ficar limitados. Porque podem de facto estar a fazer uma distorção, que no fundo é de algum modo uma desvalorização, um evitamento. Qual é o problema? Isto aumenta o medo no outro. Então, de repente, estão duas pessoas confrontadas com estratégias muito diferentes. Uma de controlar, de cuidar e de fechar aquela pessoa em casa; e a outra com uma estratégia exatamente contrária, que na verdade está é precisar de outra coisa.
Pensando agora nos processos emocionais que são vividos quando somos deparados com situações de morte mesmo. Como é que se pode viver o luto de pessoas com quem não podemos estar [as medidas de contenção implicam que os funerais se façam com um número muito reduzido de pessoas]?
O luto terá as mesmas questões, necessidades e desafios que tem noutra situação. As estratégias que as pessoas vão usar já usariam noutro cenário. Neste caso, agrava a ideia de poderem ficar mais assuntos pendentes, se eu achar que para mim é muito importante o ritual, uma despedida concreta, se eu achar que para mim seria importante abraçar aquelas pessoas que sofrem ou ser abraçada no momento para não me sentir sozinha. São questões que surgem no processo de luto, mas que se podem recuperar depois simbolicamente. O que é que precisamos de dizer às pessoas que não estiveram e que gostávamos que tivessem estado connosco e que nos tivessem abraçado? O que é que gostaríamos de ter feito que não conseguimos fazer e como é que gostávamos que tivesse acontecido? Como é que seria esse momento de forma mais completa? Isso depois consegue-se trabalhar de forma muito simbólica com acompanhamento.
"Vamos ter de encontrar outras formas de dar significado ao momento da despedida e de dar um lugar para essa expressão"
No próprio momento, o que podemos fazer para minimizar o impacto da ausência destes elementos?
Podemos na mesma criar uma forma de estarmos presentes através de todas as tecnologias. Seja por aquilo que escrevemos, seja por imagens que enviamos e que podem fazer a diferença. Esses gestos são vistos como uma forma de estar, de mostrar que nos preocupamos, de mostrar que gostamos. Já é um bocadinho o que as pessoas estão a fazer no seu dia a dia.
"Ninguém aguenta olhar para o sol ou para o tema da morte ou para algo que nos gera medo o tempo todo"
E os rituais que normalmente são associados a este momento?
Os rituais estão ainda mais limitados no número de pessoas. Isso aí é que pode ser sentido ainda com mais solidão. Serão rituais muito diferentes, não vão aparecer as pessoas que queremos, não vamos ter as flores todas… O risco é ser sentido como desvinculação, não é? Mas não é porque estou sozinha que estou desvinculada do mundo ou das pessoas. Estou sozinha porque efetivamente vivo um cenário que me impede de estar com quem quero neste momento.
E para as pessoas que não podem estar nos rituais?
É um assunto que fica pendente, se não conseguirem concretizar no tempo que desejavam ou da maneira como desejavam. O ritual dá-nos o contexto concreto de expressão emocional e dá um significado social e cultural. Isso fica a falhar. Vamos ter de encontrar outras formas de dar significado ao momento da despedida e de dar um lugar para essa expressão. Vamos ter de recuperar isso de outra maneira, se for importante para o processo da pessoa.
Mesmo que não haja mortes de pessoas que nos são queridas ou próximas de nós, pode acontecer precisarmos de fazer o luto pelo elevado número de mortes no nosso país, na nossa comunidade?
Aí ainda pode ser mais evidente a necessidade de algum evitamento para proteger as pessoas. É um bocadinho como naquele livro do Irvin Yalom "De olhos fixos no sol”, sobre a nossa ansiedade perante a morte. Ninguém aguenta olhar para o sol ou para o tema da morte ou para algo que nos gera medo o tempo todo. De vez em quando temos de ir desviando o olhar para nos protegermos. Não aguentaremos estar sempre a pensar nos nossos medos, a pensar que alguém vai morrer. O profissionais de saúde não podem estar sempre a olhar para o sol enquanto trabalham. De vez em quando olham, de vez em quando desviam. É este exercício que é a regulação emocional: uma dança entre o que fazemos para nos protegermos e o que fazemos para crescermos na dor.
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