“Estamos muito satisfeitos com o facto da petição, da qual somos promotores, ‘Em Defesa dos Músicos do CC Stop, do Porto, da Cultura e da Transparência no Processo Urbanístico’, em defesa dos músicos do CCSTOP [centro comercial Stop], ter atingido hoje as 7.500 assinaturas. Passamos agora à sua submissão para análise e discussão, junto da Assembleia Municipal da cidade do Porto e do plenário da Assembleia da República”, refere, em comunicado, a plataforma STOP Manifesta.
Lançada em 02 de setembro, a petição pública apela à Câmara Municipal do Porto “para reavaliar a sua posição, considerar as suas ações e que reconheça valor inestimável dos músicos e do centro comercial Stop para a cultura da cidade”.
Na petição, os músicos pedem ainda “transparência e imparcialidade sobre o processo urbanístico” que tramita na autarquia para garantir que o mesmo é “guiado por princípios de integridade, equidade e justiça”.
“Não podemos ignorar as ameaças sobre o seu encerramento, nem as preocupações de que o processo urbanístico relacionado com essa ameaça de evacuação carece de maior transparência e parece estar viciado por interesses alheios à preservação da cultura e da herança musical”, referem.
Na petição, os músicos expressam ainda a sua “profunda preocupação” com a “ameaça iminente de evacuação” do centro comercial.
“O Porto merece um futuro onde a cultura e a transparência possam florescer em conjunto, onde o património musical é protegido e onde a voz dos cidadãos e os seus espaços de cidadania sejam respeitados”, acrescentam.
Em 08 de setembro, os proprietários e arrendatários do centro comercial Stop foram notificados pelos serviços da Câmara Municipal do Porto de que tinham até 10 dias úteis para desocupar o edifício, prazo que terminaria na sexta-feira, dia para o qual foi já convocada uma nova manifestação na Avenida dos Aliados em protesto contra a decisão da autarquia.
Hoje, o presidente da Câmara do Porto anunciou que a autarquia não conseguiu notificar a administração do condomínio do centro comercial Stop da intenção de fechar o espaço, tendo o seu encerramento sido adiado por 10 dias úteis.
O Stop, que funciona há mais de 20 anos como espaço cultural, com salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das suas frações serem seladas em 18 de julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu em 04 de agosto, com um carro de bombeiros à porta.
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