A vigília, marcada para as 18h30 em frente à Assembleia da República, conta com a presença de familiares e amigos de Avelina Ferreira, a idosa que sofre de demência e desapareceu depois de ter saído sozinha do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa. Avelina sofria de demência e o marido foi impedido de a acompanhar quando esta deu entrada no dia 12 de dezembro de 2023 nas urgências deste hospital.

Apesar do cuidado do "seu acompanhante, o marido", com "o especial cuidado de sinalizar várias vezes o facto de Avelina ter Demência e de precisar de acompanhamento constante, não lhe foi permitido acompanhá-la, tendo sido barrado na sala de espera da instituição hospitalar. Nesse mesmo dia, sem que tenha sido observada, enquanto aguardava sozinha numa sala do Hospital, Avelina Ferreira saiu do hospital sozinha, por voltas das 18h30, e está desaparecida desde então, sendo que o seu desaparecimento só foi detetado pelas 21h30, depois do seu marido perguntar por ela nos serviços do Hospital".

Avelina continua desaparecida, mas a família, para além de não desistir dela, quer também que se adotem medidas preventivas para que estas situações não se repitam. Para além da vigília foi lançada também uma petição pública para "a prevenção e resposta ao desaparecimento de pessoas com demência".

Na petição estão descritas várias medidas preventivas, como a "obrigatoriedade de colocação de uma pulseira distintiva nas pessoas com demência que se encontrarem em situação de vulnerabilidade decorrente da progressão da sua doença, aquando da sua deslocação e permanência em serviços e unidades de saúde".

A medida, também defendida por João Medeiros, advogado da família de Avelina Ferreira, que à Renascença, afirmou que esta “obrigatoriedade de acompanhamento nestas situações" é a de "a pessoa só pode entrar e ser admitida [no hospital] se tiver alguém que se responsabilize por ela". Para o advogado, a recusa desse direito daria consequências graves através do "estabelecer" de um regime sancionatório severo".