“Phil Lesh, baixista e fundador dos Grateful Dead, faleceu em paz esta manhã. Ele estava acompanhado pela sua família e cheio de amor. Phil trouxe imensa alegria a todos em seu redor e deixa um legado de música e amor”, refere a nota publicada na página oficial do músico na rede social Instagram.
A declaração não faz menção à causa específica da morte do músico, que, em vida, teve de lidar com cancros na próstata e na bexiga e com um transplante de fígado, na sequência de uma infeção por hepatite C.
Lesh é um dos membros do quinteto que fundou os Grateful Dead em 1965, a par do vocalista, guitarrista e principal compositor da banda, Jerry Garcia, que morreu em 1995, do teclista e vocalista Ron ‘Pigpen’ McKerman, que morrem em 1973, bem como do guitarrista Bob Weir e do baterista Bill Kreutzmann, ainda vivos.
Violinista com formação clássica e trompetista de jazz, Lesh distinguiu-se pelas audíveis secções de baixo em contraponto aos solos de guitarra de Jerry Garcia, sendo reconhecido pelo público como elemento crucial para o som de uma banda que lançou 13 álbuns de estúdio, entre os quais “Workingman’s Dead” (1970) e “American Beauty” (1971).
Garcia disse que a banda conseguia fazer as coisas acontecer quando Phil Lesh fazia as coisas acontecer, enquanto Mickey Hart, baterista entre 1967 e 1971, descreveu o baixista como o intelectual da banda, capaz de transpor as competências de um músico com formação clássica para uma banda rock.
Depois da morte de Garcia e da dissolução do grupo, Lesh cancros na próstata e na bexiga voltou a juntar-se aos Grateful Dead para as digressões de 2009 e de 2015, essa para comemorar os 50 anos da banda.
A morte de Lesh ocorre dois dias após os Grateful Dead terem sido distinguidos pela MusicCares, entidade que auxilia músicos com necessidades financeiras.
A banda vai ser homenageada em janeiro de 2025, numa gala de beneficência que antecede a cerimónia de entrega dos prémios Grammy, em Los Angeles.
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