“Estamos preparados para demonstrar que o piloto Miguel Quiroga não completou as horas de treino necessárias” para voos comerciais, afirmou Omar Duran, advogado da família do copiloto Fernando Goytia, que, tal como Quiroga morreu no acidente, em declarações à agência noticiosa ABI.
Em 29 de novembro, a queda do avião da companhia boliviana Lamia perto de Medellín (Colômbia) causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipa, que se preparava para disputar a primeira mão da final da Taça sul-americana com os colombianos do Atlético Nacional.
“Aparentemente, em 2013, algumas informações foram falsificadas e, apesar de as autoridades terem verificado que [Quiroga] não tinha horas de voo suficientes, ele obteve a sua licença”, afirmou Duran, acrescentando que Goytia conhecia a situação, mas não a revelou para não pôr em causa a reputação da companhia aérea.
As investigações sobre o acidente aéreo prosseguem, mas o responsável pela segurança na aviação civil na Colômbia já disse que o voo desrespeitou as regras internacionais sobre as reservas necessárias de combustível.
Após o acidente, a licença da companhia aérea foi suspensa pelas autoridades bolivianas e foram detidos o diretor-geral da companhia, Gustavo Vargas Gamboa, e o seu filho Gustavo Vargas Villegas, ex-diretor do Registo Aeronáutico Nacional da Direção Geral de Aeronáutica Civil.
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