O Ministério Público (MP) suspeita que o antigo autarca de Espinho, Joaquim Pinto Moreira, aceitou atrasar o licenciamento para a construção de um empreendimento do Grupo Fortera para beneficiar as vendas de outro empreendimento imobiliário, o "32 Nascente", das Construções Pessegueiro.
Quando foi presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira terá sido abordado por Francisco Pessegueiro, o empresário que também detém os talhos Pessegueiro na cidade, para "retardar a construção do concorrente, até que o seu projeto fosse aprovado". O objetivo era colocar o empreendimento "32 Nascente" à venda "antes do rival", pode ler-se na edição de hoje do Jornal de Notícias.
Os investigadores da Polícia Judiciária e do Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto, na Operação Vórtex, suspeitam que o referido projeto "32 Nascente" também terá sido "beneficiado por Miguel Reis", socialista que sucedeu a Pinto Moreira.
A investigação indica "subornos de até 100 mil euros" que terão sido "distribuídos pelos dois ex-autarcas". Os investigadores guiam-se por escutas telefónicas, entre as quais, o registo de uma conversa telefónica entre Francisco Pessegueiro e a sua mãe, onde "o empresário lhe diz que terá de pagar pelo negócio que se avizinhava", avança o Correio da Manhã.
(notícia atualizada às 13h14)
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