Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) explica que o suspeito está envolvido “num complexo esquema criminoso transnacional”, conhecido por ‘CEO Fraud’”, baseado “no uso de técnicas de exploração de vulnerabilidades de sistemas informáticos seguido de intromissão no sistema informático de uma das partes”.
Segundo a PJ, após estudar “as comunicações eletrónicas e apurar da existência de uma relação comercial, o autor do crime substitui-se ao credor e envia um e-mail falso ao devedor para este liquidar a fatura para um IBAN novo, distinto do original, criado com o único propósito de receber os fundos ilicitamente transferidos, onde se irá dar início ao branqueamento do dinheiro”.
Para a consumação do crime, indica a PJ, o suspeito terá constituído uma empresa em Portugal, em nome da qual abriu uma “conta bancária utilizada para a receção dos fundos ilicitamente transferidos”.
O suspeito terá obtido proveitos de cerca de 1,5 milhões de euros, estando indiciado dos crimes de acesso ilegítimo, burla informática e branqueamento, lê-se na nota.
A PJ adianta também que o trabalho da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ permitiu recuperar a “quase totalidade dos montantes”, bem como deter o suspeito e recolher provas dos crimes.
A investigação, desenvolvida em articulação com o Ministério Público de Torres Vedras, vai prosseguir para “identificar toda a estrutura criminosa, estando em curso mecanismo de cooperação policial e judiciária”, é ainda acrescentado no comunicado.
O suspeito vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
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