Em declarações à agência Lusa, a mesma fonte indicou que três pessoas, dois homens e uma mulher, com idades entre os 24 e os 40 anos, foram detidas em Campo Maior e Monforte, no distrito de Portalegre.
Além disso, na operação, designada “Way of Life” e que abrangeu também buscas em Avis (Portalegre), Loures (Lisboa), Almeirim (Santarém) e Figueira da Foz (Coimbra), “há mais de 70 arguidos”.
“Foram também apreendidos dezenas de telemóveis e cartões SIM, ouro e dinheiro”, acrescentou a fonte, referindo que o produto da apreensão “está ainda a ser contabilizado”.
Em comunicado, a PJ explicou que a operação, realizada em conjunto com o Comando Territorial de Portalegre e a Unidade de Intervenção – Operações Especiais da GNR, deu cumprimento a 51 mandados de buscas domiciliárias e mais de 10 buscas não domiciliárias.
O objetivo foi “recolher elementos probatórios em mais de uma centena de inquéritos em investigação, todos versando o crime de burla informática e nas comunicações no fenómeno conhecido como ‘Burla por MBWay’”, é indicado no comunicado.
Dois dos suspeitos foram detidos fora de flagrante delito, por mandados emitidos pela autoridade judiciária competente, enquanto outro foi detido em flagrante delito, por detenção de arma e munições proibidas, precisou a PJ.
Os três detidos, residentes nos concelhos de Portalegre e Elvas e com antecedentes criminais, estão “indiciados por crimes de burla informática e nas comunicações”, acrescentou, indicando que vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação de medidas de coação.
As investigações relacionadas com esta operação iniciaram-se em 2019 e estendem-se “até à atualidade”, por suspeita da prática reiterada de crimes de natureza informática, que resultou “num enriquecimento ilícito de cerca de 200 mil euros”, realçou a PJ.
Esta manhã, fonte policial já tinha afirmado à Lusa que cerca de 300 inspetores da PJ e militares da GNR estavam envolvidos na operação de hoje, que foi realizada em simultâneo nas localidades abrangidas pelas buscas.
Durante a operação “Way of Life”, os bairros de São Sebastião, em Campo Maior, e do Rossio, em Monforte, foram mesmo cercados pelas autoridades policiais, tendo sido realizadas “buscas em quase todas as casas”, salientou a fonte.
A mesma fonte indicou à agência Lusa que estas detenções estão relacionadas com uma operação da PJ de combate ao cibercrime, nomeadamente às burlas através da aplicação MBWay, realizada em várias zonas do país, com a colaboração da GNR.
Segundo a fonte policial, a operação mobilizou cerca de 300 inspetores da PJ e militares da GNR e envolveu a realização de 50 buscas nas zonas de Campo Maior, Monforte e Avis, no distrito de Portalegre, mas também em Loures (Lisboa), Almeirim (Santarém) e Figueira da Foz (Coimbra).
Os bairros de São Sebastião, em Campo Maior, e do Rossio, em Monforte, foram cercados pelas autoridades policiais e realizaram-se “buscas em quase todas as casas”, salientou a fonte.
Estas buscas, adiantou, foram realizadas no âmbito de “várias dezenas de inquéritos” no âmbito dos quais se investigam alegados crimes de burlas através da aplicação MBway. As investigações em curso tiveram origem em 2019 estendendo-se até à atualidade, por suspeita da prática reiterada de crimes de natureza informática, num enriquecimento ilícito de cerca de 200 mil euros.
Os três detidos, todos na casa dos 30 anos, vão agora ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.
A operação da PJ contou com a colaboração da GNR, através do Comando Territorial de Portalegre e da Unidade de Intervenção.
Fonte do Comando Territorial de Portalegre da GNR confirmou à Lusa o apoio prestado a esta operação policial, que envolveu, naquele distrito alentejano, 161 militares e 12 binómios cinotécnicos (homem/cão) da Guarda.
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