João Pedro Matos Fernandes está esta manhã em Montalegre para a apresentação dos primeiros resultados do plano-piloto do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), que começou a ser implementado este ano, representa um investimento global de 8,5 milhões de euros e visa a prevenção de incêndios florestais e a valorização e recuperação de “habitats” naturais desta área.
O ministro afirmou à agência Lusa que, neste ano “devastador” para o país em termos de incêndios, no Gerês “a área ardida reduziu-se para metade”.
“Apesar de terem existido mais ignições, um maior número de incêndios, esta capacidade de estar no terreno, de fazer prevenção, de rapidamente fazer o primeiro combate e de ter um número de homens expressivo para fazer um rescaldo metro a metro dos incêndios que aconteceram, conseguimos reduzir de forma expressiva a área ardida no parque”, salientou.
E continuou: “esses balanços fazem-se de ano a ano, nunca ninguém pode cantar vitórias em matérias como esta, mas é indesmentível que, esta maior proximidade e o maior número de meios no parque, fez com que este ano houve uma área ardida menor”.
No âmbito do plano-piloto, foram criadas 10 equipas de sapadores florestais, num total de cinquenta elementos, correspondendo a duas equipas por cada um dos cinco concelhos do PNPG. Estes operacionais estão no terreno desde junho.
Em 2016, ardeu uma grande área da Peneda-Gerês, nomeadamente de zonas de importante valor ambiental. Em consequência, em outubro do ano passado, o conselho de ministros aprovou o plano-piloto que visa melhorar os instrumentos de prevenção e reduzir o risco de incêndio.
O projeto incide igualmente na reflorestação das áreas ardidas, no ordenamento florestal e na melhoria da rede de comunicações móveis.
Pelo parque havia “zonas de sombra”, onde as comunicações móveis não funcionavam, o que prejudicava residentes, turistas e as forças de segurança envolvidas, por exemplo, em operações de resgate, e para resolver este problema estão a ser instaladas sete antenas.
Segundo o ministro, cinco destas antenas já estão instaladas e a funcionar em pleno, uma outra está em construção e a restante estará pronta no início do próximo ano.
Relativamente à reflorestação, o governante disse que ela vai avançar agora nas matas do Mezio e do Ramiscal, apostando nas espécies autóctones.
Nesta deslocação ao distrito de Vila Real, o governante aproveita ainda para dar “as boas-vindas” aos 20 novos vigilantes da natureza que integrarão os quadros do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e que irão trabalhar em várias áreas protegidas do país.
João Pedro Matos Fernandes adiantou que vai ser lançado o concurso para a contratação de mais 30 destes vigilantes afetos ao ICNF.
Serão ainda assinados 19 contratos de financiamento, no valor de 4,6 milhões de euros, com vista à concretização de projetos de valorização do parque.
Os projetos serão protagonizados pelas cinco autarquias com área incluída na Peneda-Gerês, designadamente Montalegre, Terras de Bouro, Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca.
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