A operação foi ordenada pelo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, responsável por duas investigações contra apoiantes de Bolsonaro envolvidos em protestos, bloqueios de rodovias e acampamentos diante de instalações militares organizados por “bolsonaristas” que pedem uma intervenção do Exército contra a eleição do líder progressista, Luiz Inácio Lula da Silva.
O STF informou num comunicado que a investigação relacionada com os 81 mandados de busca e apreensão está sob sigilo. Já a Polícia Federal disse também em nota que foram cumpridos mandados de busca em sete estados e no Distrito Federal.
Numa outra ação, polícias federais realizaram hoje 23 buscas e pelo menos quatro prisões preventivas no estado do Espírito Santo dentro de uma investigação sobre a disseminação de notícias falsas nas eleições realizadas em outubro passado.
Segundo o portal de notícias G1, dois alvos serão os deputados regionais Carlos Von e Capitão Assunção, ambos apoiantes públicos de Bolsonaro.
O ‘media’ brasileiro também informou que no estado de Santa Catarina foram executados 15 mandados de buscas e num dos locais visitados pelos agentes, ainda não identificado, a polícia brasileira apreendeu 11 armas e munições. Não havia ninguém no local no momento da apreensão.
Muitos analistas expressaram preocupação de que Jair Bolsonaro esteja preparando o terreno para uma insurreição nos moldes do motim ocorrido no Capitólio na capital dos Estados Unidos da América em 06 de janeiro de 2021 e as operações da polícia têm estado a desarticular grupos que atuam ilegalmente e o apoiam.
Bolsonaro não tem falado publicamente depois de sua derrota eleitoral, mas seus apoiantes mais fiéis permanecem acampados em frente a edifícios militares em várias capitais, pedindo a intervenção contra o futuro Governo.
Na segunda-feira, apoiantes do chefe de Estado brasileiro entraram em confronto com a polícia de Brasília, incendiaram vários veículos e autocarros, além de tentar invadir um prédio da Polícia Federal após uma liderança ser presa nestas investigações. Ninguém foi preso pela polícia, segundo as autoridades locais.
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