Fonte da polícia regional catalã, os Mossos d’Esquadra, confirmou à agência Lusa que Portugal foi um dos países por onde Tania Varela passou, tendo-se no entanto escusado a dar mais pormenores sobre um caso que “está em segredo de justiça”.
A polícia portuguesa é uma das forças de segurança de vários países que está a colaborar nas investigações, de acordo com a mesma fonte, depois de a narcotraficante de 44 anos, em fuga desde 2014, ter sido detida na passada segunda-feira, pelos Mossos d’esquadra, em Vilanova i la Geltrú (Barcelona).
A Audiencia Nacional, um tribunal espanhol que entre outras coisas trata dos casos mais graves do crime organizado, ordenou na terça-feira que Tania Varela desse entrada na prisão para cumprir a pena de sete anos que lhe tinha sido aplicada em 2011 por um delito contra a saúde pública.
Tania Varela, que também é advogada, era um dos fugitivos mais procurado pela Europol (Serviço Europeu de Polícia) que a considerava responsável pelo tráfico em grande escala de drogas e branqueamento de dinheiro a partir da atividade criminosa que desenvolvia.
Em janeiro de 2013, o Supremo Tribunal espanhol confirmou a condenação da galega, que nasceu em Cambados, em Pontevedra, pelo seu envolvimento com um grupo de narcotraficantes liderado pelo seu companheiro, Pérez Lago, depois de ter sido confiscado um carregamento de duas toneladas de cocaína.
Anteriormente, numa operação em 2006, a polícia já tinha apreendido duas toneladas de cocaína numa lancha rápida do grupo de Pérez Lago, que fazia parte de um carregamento de seis toneladas.
No julgamento realizado em 2011 pelo Supremo Tribunal, Pérez Lago e outros membros do grupo reconheceram os crimes de que eram acusados e chegaram a um acordo com o Ministério Público, que inicialmente tinha requerido vinte anos de prisão e que foi reduzida para nove.
Tania Varela, que já estava sob custódia e era suspeita de ter participado na criação de empresas em paraísos fiscais, recusou-se a reconhecer a sua culpa e apresentou recurso no tribunal que, posteriormente, em 2013, confirmou a sentença de sete anos de prisão.
O poder judicial emitiu nesse mesmo ano um mandado de busca, captura e entrada na prisão e, em 2014, um outro tribunal também emitiu um mandado de busca e captura por um crime de lavagem de dinheiro.
Posteriormente, em 2016, a Audiencia Nacional emitiu novamente um mandado de busca, detenção e entrada na prisão, como alegada autora de um crime de tráfico de drogas.
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