De acordo com a agência de notícias EFE, que cita fontes policiais, os três jovens, com idades entre os 18 e os 21 anos, foram informados de que poderão voltar a ser chamados para prestarem mais declarações.
A detenção dos três jovens, suspeitos de terem proferido insultos racistas no domingo, no Estádio Mestalla, durante o jogo entre o Valência e o Real Madrid, foi anunciada hoje de manhã.
Na segunda-feira, uma responsável do Ministério Público informou que estava a ser a analisada a possibilidade de os insultos racistas contra o jogador brasileiro constituírem crime de ódio.
De acordo com Pilar Bernabé, delegada do governo da Comunidade Valenciana, as autoridades, que identificaram os três jovens agora libertados, continuam a visualizar imagens captadas, no domingo, dentro do Estádio Mestalla e nas imediações.
No domingo, durante o jogo com o Valência, o jovem avançado brasileiro do Real Madrid foi, mais uma vez, alvo de insultos racistas por parte de alguns adeptos, que motivaram reações de vários quadrantes, nomeadamente do presidente do Brasil, Lula da Silva, e do líder da FIFA, Gianni Infantino.
Nos últimos meses, Vinícius tem sido alvo de vários insultos racistas e, no final de janeiro, foi o protagonista de um episódio que levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a enviar uma carta às entidades que regem o futebol (FIFA, UEFA e CONMEBOL) a solicitar medidas concretas para punir os comportamentos racistas e aumentar a consciencialização sobre o tema.
Os insultos a Vinícius no Estádio Mestalla levaram hoje a Liga espanhola de futebol a anunciar que vai solicitar, formalmente, nos próximos dias, alterações à legislação contra a violência, o racismo, a xenofobia e a intolerância no desporto, na sequência dos insultos racistas ao brasileiro que pedir a alteração da lei contra a violência e o racismo no desporto.
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