As autoridades estão a cumprir três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão nos estados brasileiros de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal.
Num comunicado, a Polícia Federal brasileira informou que “os factos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
Em Brasília, capital do país, o portal de notícias G1 informa que os mandados de busca e apreensão se referem a um agente policial legislativo do Senado que será suspeito de facilitar, no local, a invasão dos ‘bolsonaristas’, e uma advogada que teria recolhido telemóveis dos detidos.
A polícia também salientou que as investigações continuam em curso e que a Operação Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram em 8 de janeiro as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios para tentar derrubar o novo Governo.
Após os atos de vandalismo, o Supremo Tribunal Federal (STF) afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres, que está preso, terão atuado com negligência e omissão.
A justiça brasileira também investiga Jair Bolsonaro para esclarecer se teve participação na instigação dos atos golpistas, e também estão a ser investigados funcionários públicos e outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação dos ataques.
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