Os detidos fazem parte de uma lista de 72 funcionários universitários contra os quais mandados de prisão foram emitidos por supostas ligações ao pregador Fethullah Gülen, acusado por Ancara de planear a tentativa de golpe, de acordo com a agência de notícias pró-governo Anadolu.
Sessenta e quatro funcionários da universidade de Medeniyet, incluindo 19 professores da Faculdade de Medicina, e oito da universidade de Bogazici, são os alvos dos mandados de prisão, segundo a agência Dogan.
São suspeitos de utilizar a aplicação de mensagens encriptadas ByLock, que era, de acordo com as autoridades turcas, a ferramenta de comunicação dos alegados golpistas, explica a Anadolu.
Um advogado da universidade de Bogazici confirmou à AFP que cinco funcionários administrativos e três professores foram presos pela polícia.
Além disso, o Ministério Público de Istambul emitiu mandados de prisão contra 43 outras pessoas, incluindo seis funcionários do gabinete do primeiro-ministro, como parte da mesma investigação sobre o golpe de Estado, de acordo com Anadolu.
Mais de 50 mil pessoas foram presas e mais de 100 mil outras demitidas dos cargos no setor público desde o golpe fracassado de 15 de julho de 2016.
Ativistas de direitos humanos e governos ocidentais dizem-se preocupados com a extensão dos expurgos e acusam o presidente Recep Tayyip Erdogan de explorar o estado de emergência em vigor para silenciar a oposição.
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