A Agência de Segurança de Saúde britânica afirmou ter detetado, em águas residuais de oito bairros de Londres, vírus da poliomielite derivado da vacina oral que é administrada, uma vez que esta contém o vírus vivo, conta a Associated Press.
A poliomielite propaga-se essencialmente de pessoa para pessoa ou através de água contaminada. Pode infetar a medula espinal, causando paralisia, incapacidade permanente e até morte, afetando, sobretudo, as crianças.
A análise das amostras do vírus pelas autoridades britânicas sugere que "a transmissão foi além de uma rede próxima de alguns indivíduos", mas não foi ainda encontrado ninguém infetado com o vírus. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, apenas uma em cada 200 infeções por poliomielite leva à paralisia; a maioria das pessoas não apresenta quaisquer sintomas.
A maioria das pessoas em todo o Reino Unido são vacinadas contra a poliomielite na infância. A Agência de Segurança de Saúde britânica considera, assim, que o risco para a população em geral é baixo.
A agência afirmou ainda estar a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades sanitárias dos EUA e de Israel e da OMS para investigar as ligações entre os vírus da poliomielite detetados nesses dois países. No final do mês de julho, as autoridades de saúde de Nova Iorque reportaram o primeiro caso de poliomielite em quase uma década.
Esta doença é ainda endémica no Afeganistão e Paquistão, embora numerosos países em África, no Médio Oriente e na Ásia tenham também notificado casos nos últimos anos.
Segundo o The Guardian, prevê-se que as crianças britânicas sejam vacinadas com a dose de reforço contra a poliomielite nas próximas quatro a seis semanas. Os pais e responsáveis pelas crianças estão a ser avisados de que o programa será oferecido pelo meio dos médicos de família e que serão contactados quando for a vez de os seus filhos receberem a vacinação.
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