Em entrevista à agência Lusa no âmbito da 100.ª edição da Queima das Fitas do Porto, que regressa este ano de 1 e 7 de maio, depois de dois anos de suspensão devido à pandemia da covid-19, a presidente da Federação Académica do Porto, Ana Gabriela Cabilhas, destacou a participação de “mais de 500 estudantes voluntários” que vão trabalhar na Queima das Fitas para garantir a "segurança dos seus pares".
“Temos mais de 500 estudantes voluntários envolvidos, de diferentes áreas e de diferentes escolas e, portanto, isto é uma Queima de estudantes para estudantes, porque há um conjunto de estudantes que deixam de viver a sua Queima das Fitas, durante um ano, para estarem envolvidos nesta organização e para devolver, este ano mais do que nunca, aos seus colegas esta grande celebração (…). Tenho de deixar o meu agradecimento público a estes grandes voluntários que estão ao lado da direção da Federação Académica do Porto para fazer acontecer esta grande celebração”, disse.
Os estudantes voluntários são, por exemplo, das áreas de enfermagem, medicina, psicologia e vão estar mais ligados à componente dos comportamentos de risco e do apoio clínico.
Haverá também estudantes voluntários da área das ciências do ambiente envolvidos na Comissão Ambiental, bem como estudantes da área de engenharia e do desporto para o apoio aos palcos, recinto e zona das portas. Haverá ainda voluntários do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, por exemplo, para ajudarem nas atividades académicas, designadamente o Cortejo, Missa da Bênção das Pastas ou Serenata, explicou Ana Gabriela Cabilhas.
Nesta 100.ª edição, o espaço do Queimódromo foi repensado e reorganizado em parceria e apoio das câmaras do Porto e Matosinhos e de outras estruturas, com a missão de promover mais segurança e combater o impacto do ruído na zona exterior ao recinto (zona da Circunvalação).
“Querermos gerar o menor impacto naquela zona circundante ao Queimódromo”, disse, acrescentado que, este ano, o acesso ao recinto vai abrir mais cedo (20:00), exceto no sábado 30 de abril, e encerrar mais cedo (04:30), esperando-se que a afluência decorra “mais cedo”, outra medida para “estimular a segurança e reduzir a poluição sonora”.
Com a reconfiguração do recinto do Queimódromo, este ano a zona ‘lounge’ (de descanso) e de restauração da Queima das Fitas vai aumentar “de 300 para 1.500 os participantes", mantendo as tradicionais "barraquinhas".
O Queimódromo vai contar também com o Centro de Operações Centralizado, com elementos da PSP, Proteção Civil, Bombeiros, entre outras estruturas, e vai ser criada uma linha de apoio através do 'what´s app’ para comunicar as diferentes ocorrências que possam surgir, tendo profissionais voluntários associados, acrescentou a presidente da Federação Académica do Porto (FAP).
"Será uma das mais responsáveis, sustentáveis e memoráveis edições de sempre, do maior evento do Porto e um dos maiores do país”, declara a presidente da FAP, recordando que este será o "primeiro grande evento académico a nível nacional depois dos tempos difíceis que se viveram devido à covid-19".
Diogo Piçarra, Profjam, Dillaz e Kevinho
Diogo Piçarra, Profjam, Dillaz ou Kevinho são alguns dos artistas que atuam na 100.ª Queima das Fitas do Porto, evento que regressa de 1 a 7 de maio, após ter sido cancelada nos últimos dois anos devido à pandemia.
A Queima das Fitas de 2002 “vai ser uma edição memorável” com um “cartaz reforçado e diferenciado”, onde “pela primeira vez vamos ter um palco secundário como uma alternativa cultural”, cuja “música nacional e no ‘stand up comedy’ vão ser o foco“, avançou hoje à Lusa a presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Ana Gabriela Cabilhas.
Em entrevista à agência Lusa no âmbito da 100.ª edição da Queima das Fitas do Porto, Ana Gabriela Cabilhas adiantou que a montagem da festa no Queimódromo arranca hoje no Parque da Cidade e declarou que o cartaz vai ter nomes de artistas nacionais e internacionais, como o rapper e cantor de hip hop português Profjam, ou o cantor-compositor de funk paulista (Brasil) Kevinho, ou o duo israelita de música trance Vini Vici.
Os portugueses Diogo Piçarra, Capitão Fausto, Quim Barreiros, Ana Malhoa, Wet Bed Gang, Nenny, Julinho KSD, Dillaz, ou Revenge of the 90’s também fazem parte do rol de artistas que vão subir aos palcos da Queima das Fitas do Porto.
A madrugada de sábado para domingo, 30 de abril para 1 de maio, cabe aos Profjam e Lon3r Johny.
Julinho KSD e Plutónio atuam na noite seguinte.
Na segunda-feira, dia 2 de maio, a festa é com os artistas Diogo Piçarra e Capitão Fausto.
Quim Barreiros, Ana Malhoa e Saúl vão subir ao palco do Queimódromo no dia 3 de maio e, na quarta-feira, 4 de maio, a noite é entregue aos Wet Bed Gang e a Dillaz.
Na noite de quinta-feira, 5 de maio, o duo israelita Vini Vici e a dupla portuguesa Karetus vão animar o palco do Queimódromo, garantindo “um forte espetáculo visual”, revela a organização.
O brasileiro Kevinho e a rapper portuguesa Nenny atuam na sexta-feira, dia 6 de maio, e a festa dos estudantes termina na noite de sábado, dia 07 de maio, com o som dos Revenge of The 90’s e aparticipação de convidados especiais.
A presidente da FAP estima que haja cerca de “200 mil pessoas” no total das noites do Queimódromo, o destino final dos estudantes, após participarem nas várias atividades e cerimónias que acontecem ao longo dos dias da semana da Queima das Fitas do Porto.
Na Monumental Serenata estima-se a presença de 60 mil pessoas, na Missa da Bênção das Pastas “30 mil pessoas” e no Cortejo são esperadas “cerca de 400 mil pessoas”, contando com as famílias dos estudantes, acrescentou Ana Gabriela Cabilhas.
Depois de duas fases de venda de bilhetes exclusivas para estudantes e com os passes semanais esgotados, os bilhetes diários vão estar disponíveis para venda online a partir desta próxima terça-feira.
Os bilhetes comprados na bilheteira do Queimódromo, a funcionar entre os dias 26 e 29 de abril, das 10:00 às 20:00, e entre os dias 30 de abril a 7 de maio das 13:00 às 04:00, vão estar sujeitos a uma taxa de serviço e impressão que aumenta o valor do bilhete em um euro.
Ana Gabriela Cabilhas destacou que a Queima das Fitas está focada na desmaterialização das vendas de bilhetes, pretendendo tornar as vendas cada vez mais “sustentávei”.
A FAP foi fundada em 1989, é composta por 27 associações de estudantes e representa mais de 70 mil estudantes de várias instituições de Ensino Superior da Grande Área Metropolitana do Porto.
A Queima das Fitas começou em 1920, com a Festa da Pasta, celebração iniciada pelos estudantes de Medicina da Universidade do Porto. A Queima é atualmente uma organização da FAP e, este ano, assinala a 100.ª edição, depois de ver suspensa durante dois anos por causa da pandemia da covid-19.
(Artigo atualizado às 17:59)
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