O presidente da autarquia, Rui Moreira, respondia a uma questão levantada pelo vereador do PS Manuel Pizarro que afirmava que tem havido, na cidade, um “número anormalmente elevado” de incêndios.
“Não é verdade que haja mais incêndios no centro histórico (…). Agora é evidente que alguns deles tem sido rodeados de uma atenção mediática que é absolutamente justificada principalmente por aquele caso em Alexandre Braga, onde havia suspeitas e havia ameaças aos cidadãos”, disse.
Segundo a vereadora da Proteção Civil, Cristina Pimentel, o número de incêndios em prédios devolutos estão “praticamente estabilizados”, tendo até diminuído no centro histórico, de acordo com os dados dos últimos quatro anos.
“Poderá sim haver um aumento do número de incêndios em edifícios habitacionais, fruto da maior ocupação e movimento da cidade (…). Relativamente aos edifícios devolutos, os números estão praticamente estabilizados, verificando-se mesmo assim que no centro histórico diminuirão nos últimos quatro anos”, afirmou, sublinhando que em 2019 até houve uma diminuição em relação aos outros anos.
De acordo com aquela responsável, a média de ocorrências mantém-se estabilizada nas 338 por ano.
O autarca revelou ainda aos vereadores que o incêndio num edifício de quatro andares na zona da Alfândega, que estava a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ), teve como foco as arcas frigoríficas da mercaria que lá funcionava.
Também neste caso, explicou Moreira, a PJ investigou e “verificou que o incêndio teve como foco as arcas frigoríficas que estavam nas traseiras da mercearia que lá existia”.
“Portanto é fogo normal, provavelmente um curto-circuito”, concluiu, explicando que quanto ao reacendimento ele se deveu a uma viga em madeira que era também partilhado pelo edifício contíguo.
O incêndio que tinha deflagrado, na madrugada de 17 de julho, num edifício na Rua Nova da Alfândega, reacendeu na madrugada do dia seguinte, tendo-se propagado a um prédio contíguo, que ficou parcialmente destruído, disse, à data, fonte do Comando Metropolitano do Porto da PSP.
Para o edifício onde deflagrou o incêndio inicial e, que foi destruído pelo fogo, estava projetado um hostel, sendo que os pisos “já se encontravam num estado avançado de remodelação”, de acordo com o comandante dos Sapadores.
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