Num balanço dos seus primeiros meses à frente do consulado-geral de Portugal em Nova Iorque, Luisa Pais Lowe indicou que os meses de verão serviram para colocar o trabalho atrasado em dia, trabalho esse que englobava processos de registo civil, de nacionalidades e de vistos.
“Foram seis meses muito úteis, de aprendizagem e de conhecimento da comunidade e do seu valor. Foram seis meses em que planeei com cuidado a criação das condições para, por exemplo, levar o consulado aos clubes portugueses, mas também outras iniciativas de ação estratégica nas áreas económica e cultural, que também fazem parte do nosso mandato”, disse a diplomata.
“Vamos agora começar a planear o Plano de Atividade Cultural para o próximo ano. Mas tivemos de fazer uma coisa muito importante, que todos nós temos que fazer de vez em quando: passámos o verão a colocar o trabalho atrasado em dia. Com a pandemia e escassez de recursos humanos, havia trabalho acumulado e isso acontece. Não é imputável a nada, nem ninguém. Foi o fruto das circunstâncias, mas fizemos esse levantamento do que havia atrasado e durante os meses de julho, agosto e setembro estivemos aqui, até à noite, a trabalhar e a colocá-lo em dia”, explicou a cônsul, em declarações à Lusa no coração de Manhattan.
De acordo com Luisa Pais Lowe, os processos de registo civil e de nacionalidade eram os que mais acumulavam atrasados.
“Temos também uma procura muito grande de vistos, porque sabemos que Portugal está na moda e cada vez há mais americanos ou residentes nos Estados Unidos que querem mudar-se para Portugal. Portanto, registamos um acréscimo muito grande de trabalho na área dos vistos e foi basicamente nessas duas vertentes que estivemos a trabalhar”, detalhou.
O número de norte-americanos a residir em Portugal está no nível mais alto em mais de uma década, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), citados pelo Jornal Económico. No final de 2021, registaram-se sete mil pessoas nascidas nos Estados Unidos da América a viver no país, duas vezes mais do que durante os três últimos anos.
Considerado estratégico, o consulado-geral em Nova Iorque tem um mandato que inclui não apenas a prestação dos serviços consulares, mas também todo um trabalho de apoio à promoção do país nas áreas de negócios e empresarial, de cultura e da língua portuguesa, num trabalho feito em estreita articulação com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o Turismo de Portugal e o Camões — Instituto da Cooperação e da Língua.
Volvidos cerca de seis meses desde que assumiu funções, Luisa Pais Lowe garantiu que o consulado encontra-se num patamar em que “o trabalho chega e é feito, não acumula” e considerou “gratificante ver a alegria e gratidão” com que a equipa consular é recebida sempre que se desloca a cidades mais distantes do centro de Nova Iorque.
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