Portugal irá receber a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, em 2022 em Lisboa. Portugal será o segundo país lusófono a receber a JMJ, depois de em 2013 ter sido o Brasil, naquela que foi a primeira deslocação ao estrangeiro do Papa Francisco.
Com a escolha de Portugal, as Jornadas Mundiais da Juventude vão regressar à Europa, depois de em 2016 se terem realizado em Cracóvia, na Polónia.
No início de dezembro, o site Religionline tinha já avançado com o nome de Portugal como país escolhido, adiantando que a região de Lisboa “acolherá os atos principais, nomeadamente o fim de semana de celebração".
Marcelo Rebelo de Sousa referiu, na altura, que “seria uma magnífica notícia para Portugal", mas que era necessário esperar devido à existência de mais candidatos para receber a JMJ.
Hoje, após o anúncio oficial, o presidente da República referiu, sobre a Jornada Mundial da Juventude, que “é uma alegria incontida e é começar a sonhar já e a projetar já o que se vai passar daqui a três anos e meio”.
“Acho que nós conseguimos, conseguimos todos, conseguimos nós portugueses, conseguiram naturalmente os católicos de Portugal, conseguiram os bispos católicos, conseguiu D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, mas conseguimos nós todos como povo e conseguimos nós que falamos português”, assinalou o chefe de Estado.
Para Marcelo, este evento realizado em Lisboa é “o reconhecimento do peso da lusofonia, do mundo que fala português”.
Também o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, manifestou "muita alegria" com a decisão. "Esta jornada em Lisboa deve-se, sobretudo, ao movimento grande dos jovens católicos de Portugal, que, de várias maneiras, de há uns anos a esta parte, têm pedido que haja um acontecimento assim em Portugal", referiu.
“Será em Portugal, será, concretamente, em Lisboa, será para toda a lusofonia, com uma especial insistência para que venham os nossos irmãos lusófonos de África e de outras partes do mundo, também com certeza os nossos caríssimos irmãos brasileiros que estão sempre tão presentes com tanta força para que também em português se diga Jornada Mundial da Juventude”, acrescentou Manuel Clemente.
Este ano, no Panamá, a organização da XXXIV Jornada Mundial da Juventude contabilizou cerca de 200 mil jovens provenientes de 155 países.
Estiveram presentes 300 portugueses de 12 dioceses e seis congregações e movimentos (Salesianos, Caminho Neocatecumenal, Equipas de Jovens de Nossa Senhora, Juventude Mariana Vicentina, Schoenstatt e Focolares).
A delegação portuguesa incluiu também 30 voluntários e seis bispos, nomeadamente Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família e bispo auxiliar de Lisboa, José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, Manuel Felício, bispo da Guarda, D.Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga e Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.
O Papa desafiou os jovens que participaram nesta jornada a superar todo o tipo de diferenças culturais, económicas ou sociais.
A Jornada Mundial da Juventude de 2019 foi um primeiro momento de encontro global dos jovens após o sínodo dos bispos que lhes foi dedicado, em outubro de 2018, e no qual foi reforçada a necessidade de continuar a caminhar com os jovens.
Celebradas todos os anos ao nível diocesano e com um intervalo periódico de dois ou três anos em diferentes partes do mundo, a jornada foi criada pelo Papa João Paulo II em 1985. Durante cerca de uma semana, reunem-se milhões de católicos de todo o mundo. A JMJ promove eventos da Igreja Católica essencialmente para os jovens e com os jovens.
Lista de cidades que já acolheram a Jornada Mundial da Juventude:
1987 - Buenos Aires (Argentina)
1989 - Santiago de Compostela (Espanha)
1991 - Czestochowa (Polónia)
1993 - Denver (EUA)
1995 - Manila (Filipinas)
1997 - Paris (França)
2000 - Roma (Itália)
2002 - Toronto (Canadá)
2005 - Colónia (Alemanha)
2008 - Sydney (Austrália)
2011 - Madrid (Espanha)
2013 - Rio de Janeiro (Brasil)
2016 - Cracóvia (Polónia)
2019 – Cidade do Panamá (Panamá)
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