A Ordem dos Advogados do Brasil, que mantinha diálogo aberto para a manutenção do acordo manifestou imediatamente a sua opinião sobre o rompimento deste entendimento através de um comunicado assinado por Beto Simonetti, bastonário da Ordem dos Advogados do (OAB).
Em comunicado, o líder da ordem internacional acusa a homóloga portuguesa de “mentalidade colonial”, sendo que está surpreendido com esta decisão que vigorava desde 2009. “Durante toda a negociação, a Ordem dos Advogados do Brasil opôs-se a qualquer mudança que validasse textos imbuídos de discriminação e preconceito contra advogadas e advogados brasileiros”, diz Beto Simonetti. Sublinha ainda que “a mentalidade colonial já foi derrotada e só encontra lugar nos livros de História, não mais no dia a dia das duas nações”.
Mesmo com este conflito, Beto Simonetti promete que vai tentar retomar o diálogo sobre a questão, respeitando a autonomia da Ordem dos Advogados portuguesa e tendo em conta que esta “enfrenta dificuldades decorrentes de pressões governamentais”.
De acordo com o jornal brasileiro o GLOBO, existem cerca de 3,1 mil advogados brasileiros inscritos na OA que compõe 10% dos seus associados. No Brasil, há cerca de dois mil advogados portugueses aptos a exercer.
Os advogados brasileiros estão entre os profissionais liberais que mais imigram para Portugal. Trabalham de maneira independente ou em escritórios associados, refere a fonte brasileira.
A restrição não afetará os inscritos e advogados com processos de inscrição em curso, informa a Ordem dos Advogados citada pelo GLOBO. Mas limita, neste momento, projetos de expansão de escritórios e o planeamento de internacionalização de empresas.
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