De acordo com o JN, o tribunal de instrução criminal de Gijón não deu provimento ao recurso movido pela defesa dos dois jovens, que pedia a sua libertação sob fiança.

Segundo a imprensa espanhola, o tribunal manteve a medida de coação de prisão preventiva, invocando "a falta de reconhecimento", pelos recorrentes, "do quatro intimidatório criado" sobre as vítimas, a "moldura penal dos ilícitos" e o "risco de fuga" dos suspeitos.

No entanto, ao mesmo jornal foi garantido pela defesa que vão ser movidos mais dois recursos, um deles com vista à libertação dos arguidos ou, se tal não for possível, à sua transferência para uma prisão portuguesa.

Duas jovens mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, apresentaram queixa na polícia a 24 de julho, alegando terem sido agredidas sexualmente por um grupo de portugueses nessa madrugada.

Os quatro portugueses foram detidos formalmente após o tribunal de instrução criminal de Gijón ter deliberado prolongar a detenção enquanto se aguardava a disponibilização de toda a documentação relativa ao caso de abuso sexual, nomeadamente relatórios clínicos e indicação das lesões sofridas.

Dois dos suspeitos foram colocados em liberdade e os restantes ficam a aguardar julgamento em prisão preventiva.

Os portugueses, todos com menos de 30 anos de idade, defenderam a sua inocência perante o magistrado, negaram os atos criminosos de que são acusados e asseguraram que as relações sexuais com as duas jovens mulheres foram consentidas.

As duas mulheres denunciaram a agressão sexual na esquadra policial às 06:30 de 24 de julho, explicando que tinham conhecido um homem num bar e que viajaram com ele para a pensão onde este estava hospedado, para um encontro sexual.

Segundo o relato das vítimas, no caminho para a pensão juntou-se um outro homem e, ao chegarem à sala, encontraram dois outros portugueses que as obrigaram a manter relações sexuais com todos eles.

No entanto, de acordo com o auto da detenção, citado pelo jornal El Independiente, as duas raparigas admitiram consentir manter relações com um dos portugueses e foram para o quarto, sendo seguidas por outro jovem que alega que uma delas o chamou.

As mulheres, todavia, negam esta versão. Um delas disse que o facto de os portugueses terem apagado a luz do quarto e terem falado um língua estranha criou um "ambiente de intimidação" que lhe causou "angústia, desassossego, insegurança e surpresa". Por isso, assumiu uma postura "submissa e de passividade, fazendo o que os dois homens lhe diziam para fazer". A outra rapariga acabaria por ficar a sós com um terceiro português. E o quarto homem do grupo não terá participado em atos sexuais.