A morte de Amini em setembro, depois de ter sido detida por não usar corretamente o lenço islâmico, desencadeou uma ampla onda de protestos no Irão contra o regime dos ayatollah e pela liberdade das mulheres e da população em geral.
“Este prémio comemora a vida dos manifestantes mortos e executados, incluindo dezenas de crianças”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, numa mensagem de vídeo.
“Também celebra o impulso vital que a morte de Mahsa Amini trouxe à vida no Irão”, acrescentou.
Colonna elogiou as “mulheres iranianas que defendem a liberdade” e salientou que o slogan dos protestos dos últimos meses – “mulher, vida, liberdade” – é “um slogan universal que fala a toda a humanidade”.
“A França e a Alemanha estão determinadas a continuar a acompanhar as mulheres e os homens iranianos na sua justa luta”, mas também trabalharão “para assegurar que não haja impunidade para os perpetradores da repressão”, afirmou.
A ministra alemã, Annalena Baerbock, recordou na mesma mensagem conjunta que Amini tinha 22 anos e que, nos últimos meses, mais de 450 pessoas foram mortas pela violência do regime na onda de protestos gerados pela morte da jovem mulher, com mais de 18.000 pessoas presas.
O prémio também reconhece o trabalho de outros 14 ativistas dos direitos humanos de países como a Síria, Bielorrússia, Sudão e Costa do Marfim.
“Juntamente com os nossos amigos franceses, estamos ao lado destes homens e mulheres corajosos. Pela dignidade, liberdade e direitos humanos”, disse Baerbock.
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