"Curvo-me perante as vítimas do ataque de Wielun. Curvo-me perante as vítimas da tirania alemã. E peço perdão", declarou Steinmeier, em alemão e em polaco, na presença do seu homólogo da Polónia, Andrzej Duda.
A Polónia foi gravemente afetada pelos horrores da Segunda Guerra Mundial, perdendo seis milhões de cidadãos, incluindo três milhões de judeus.
"Foram os alemães que cometeram um crime contra a humanidade na Polónia. Quem afirma que acabou, que o reinado de terror do nacional-socialismo na Europa é um acontecimento marginal na história da Alemanha está a julgar-se a si próprio", afirmou Steinmeier.
No ano passado, o codirigente do partido alemão de extrema direita AfD, Alexander Gauland, afirmou que Adolf Hitler e os nazis não foram mais do que um “excremento de pássaro” num milénio alemão glorioso.
"Não esqueceremos. Queremos recordar e vamos recordar", insistiu Steinmeier.
Por seu lado, o Presidente polaco denunciou "um ato de barbárie" e "um crime de guerra" que deram início à Segunda Guerra Mundial, a 01 de setembro de 1939.
Duda agradeceu a presença do seu homólogo alemão em Wielun: "Estou convencido de que esta cerimónia ficará na história da amizade polaco-alemã", afirmou.
Líderes dos Estados-membros da União Europeia e da NATO participam hoje em Varsóvia numa cerimónia que assinala o 80.º aniversário do início da II Guerra Mundial e Portugal está representado pelo ex-Presidente da República António Ramalho Eanes.
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao general António Ramalho Eanes que o representasse, dado o significado desta cerimónia a nível europeu e mundial, a sua relevância para a Polónia, e os laços de amizade e cooperação existentes entre Portugal e a Polónia.
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