“Usou este ataque para lançar uma resposta desproporcional contra a população de Gaza, sob o pretexto de vingança contra o Hamas”, disse Abbas, que está hoje na reunião do Fórum Económico Mundial, em Riade (Arábia Saudita).
No seu discurso, o presidente palestiniano advertiu que a prometida incursão israelita na cidade de Rafah, em Gaza, onde vivem centenas de milhares de pessoas expulsas pelos bombardeamentos israelitas de outras partes do enclave, “é uma questão de dias”, apesar de o Governo israelita ter prometido suspendê-lo se chegar a acordo com o Hamas para libertar os reféns israelitas que ainda mantém.
Abbas teme que esta ofensiva leve à expulsão dos palestinianos de Gaza, podendo continuar depois, na Cisjordânia: “Estou preocupado que comece aí quando terminar com Gaza”, disse o presidente da Autoridade Palestiniana, citado pela agência de notícias oficial palestina Wafa.
Neste sentido, o governante tem defendido a realização urgente de uma conferência internacional para analisar um possível futuro pós-guerra e “alcançar uma solução política que una a Cisjordânia e Gaza”.
Mahmoud Abbas pediu ainda aos Estados Unidos que evitem uma invasão israelita na cidade de Rafah, no sul, já devastado pela guerra da Faixa de Gaza.
“Apelamos aos Estados Unidos para que peçam a Israel que pare a operação em Rafah, porque a América é o único país capaz de impedir Israel de cometer este crime”, disse Abbas, acrescentando que tal incursão, anunciada por Israel, seria “o maior desastre na história do povo palestiniano”.
A guerra em Gaza começou em 07 de outubro, com um ataque do movimento Hamas em Israel, que provocou a morte de 1.170 pessoas.
Mais de 150 pessoas foram sequestradas e 129 permanecem cativas em Gaza.
Israel prometeu acabar com o movimento Hamas e lançou uma ofensiva, que provocou mais de 34.380 mortos, segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
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