Cerca de meia centena de professores, com cartazes a reclamar “respeito” e “justiça”, procurou chegar à fala com o Presidente da República, que assistiu à cerimónia, mas não discursou, ao contrário do ano anterior, para lhe fazer chegar um protesto sobre a sua situação laboral.
Marcelo Rebelo de Sousa foi abordado por duas professoras da região norte do país, que afirmaram, em lágrimas, que os docentes estão “indignados e revoltados” e questionaram “porque é que o ministro da Educação” não as recebe.
As professoras referiram que foram “lesadas” pelo concurso de mobilidade interna de agosto, que excluiu os horários incompletos, sendo colocadas em áreas mais longe da residência. Na fase seguinte do concurso, dizem, esses horários já foram incluídos, acabando por deles beneficiar outros professores menos graduados.
Uma situação que Paulo Fazenda, um dos professores que estava no local, disse ser “ilegal”.
Segundo as docentes está em preparação um anteprojeto de decreto-lei que “não resolve a situação” daqueles trabalhadores, diploma que Marcelo Rebelo de Sousa pediu para lhe ser entregue.
Questionado pela Lusa, o Presidente da República assegurou que irá analisar a situação: “Vou analisar porque eu não conhecia este projeto, vou ver”, disse.
Perante as professoras, que ouviu durante quase dez minutos, Marcelo Rebelo de Sousa comprometeu-se a analisar o diploma, ouvindo que é, para aqueles profissionais, “a única esperança”.
A cerimónia comemorativa da restauração da independência, que se assinala hoje, decorreu na Praça dos Restauradores, Lisboa.
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