No processo 'Última Edição', o juiz de instrução criminal do tribunal de Sintra decidiu colocar a caução de Jacques Rodrigues em 500 mil euros, depois de o Ministério Público ter pedido 1 milhão de euros. Assim, o líder do Grupo Impala terá de depositar 500 mil euros e fica proibido de sair do país.

O filho, Jacques Gil Rodrigues, saiu com a medida de coação mínima do Termo de Identidade e Residência, podendo assumir funções nas administrações das empresas do Grupo Impala, com objetivo de evitar o colapso do grupo. Jacques Gil, tal como o pai, está indiciado em regime de coautoria de crimes como insolvência dolosa, burla qualificada e falsificação de documentos.

Para além da caução, Jacques Rodrigues está proibido de assumir os cargos de administrador que detém nas 13 empresas do Grupo Impala que estão no centro do caso sob investigação da Polícia Judiciária (PJ) e ficou igualmente impedido por ordem judicial de sair do país e de contactar com os outros arguidos, entre os quais o seu filho.

Jacques Rodrigues está indiciado de ter alegadamente desviado cerca de 70 milhões de euros e, no momento em que foi detido, estava igualmente indiciado por perigo de fuga para o Brasil.

Os quatro arguidos estavam detidos desde quinta-feira na sequência da operação “Última Edição” desencadeada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), na qual se suspeita da prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, insolvência dolosa agravada, burla qualificada e falsificação ou contrafação de documentos.

No âmbito desta operação foram constituídos 10 arguidos.