Na sua declaração aos deputados, na abertura da sessão plenária, o presidente do parlamento, Domingos Simões Pereira, exortou o povo guineense a lutar pelas suas conquistas democráticas e afirmou que a instituição que dirige deve continuar a trabalhar sem olhar para as vontades de outros.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje a dissolução do parlamento, justificando a decisão com a grave crise institucional no país, na sequência de confrontos entre forças de segurança, que considerou “um golpe de Estado”.
“A responsabilidade da Assembleia Nacional Popular (ANP) é de prosseguir na sua responsabilidade histórica nesta legislatura, que não pode depender nem da vontade de uma pessoa nem de um grupo de pessoas, mas conforme o preceituado na lei e que deve ser respeitado por todos”, observou Simões Pereira.
Ao povo guineense, o líder do parlamento exortou a continuar a luta pelas “conquistas e sem medo”, lembrando que os direitos não se dão.
“O povo deve se lembrar que uma conquista não se dá, temos de compreender que é o produto de uma luta árdua e determinada”, sublinhou.
O também líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI – Terra Ranka), que venceu as últimas eleições legislativas do passado mês de junho, com 54 dos 102 deputados ao parlamento, notou que o “momento é de se erguer a voz” para a defesa das conquistas do povo.
O Presidente guineense anunciou que vai comunicar, oportunamente, a data de novas eleições legislativas que a lei do país impõe que se realizem em 90 dias, nestas circunstâncias.
No entanto, o chefe de Estado admitiu que a Constituição o impede de convocar já eleições, que só podem realizar-se com pelo menos um ano de intervalo. As últimas eleições legislativas decorreram em 04 de junho último.
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