“Não quero fazer comentários à declaração de outro chefe de Estado”, respondeu à pergunta da Lusa sobre as declarações dos últimos dias do Presidente da República portuguesa.
Marcelo defendeu que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento.
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, esteve em Portugal nas comemorações oficiais do 25 de Abril e acrescentou que vai estar novamente com Marcelo Rebelo de Sousa “depois de amanhã em Cabo Verde” (nas cerimónias que assinalam os 50 anos do encerramento do campo de concentração do Tarrafal).
“Marcelo é um amigo do peito, meu amigo”, afirmou, reiterando que a questão sobre as ex-colónias “é a opinião” do Presidente português, que respeita.
“É a opinião dele, que eu respeito, mas queria-me resguardar em relação a essa declaração. Não quero fazer um comentário à declaração de um outro chefe de Estado”, disse.
O Presidente guineense falava à margem de uma visita ao novo armazém de medicamentos, em Bissau, resultado de um investimento de cinco milhões de dólares (5,6 milhões de euros) do Fundo Mundial, gerido pelo programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD).
O espaço encontra-se instalado no antigo hospital militar 3 de agosto, na capital do país, e vai melhorar a capacidade e condições de armazenamento de medicamentos, nomeadamente a conservação de alguns mais sensíveis como as vacinas.
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