Cristina Siza Vieira começou por lembrar hoje, numa apresentação na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, que a associação realiza, normalmente, uma previsão no início de cada ano, depois faz um balanço a meio do ano, e finalmente uma contagem final. “Isto é tudo AHP, previsão e contagem”, sublinhou.
“Isto significa que da previsão inicial de 61 novos hotéis [para 2018] abriram apenas 26. Ou seja, 42% do previsto. E, por exemplo, na cidade de Lisboa anunciaram-se 25 novos hotéis e abriram 10″, referiu a responsável.
Segundo Cristina Siza Vieira, “há muitos fatores” que explicam esta situação: “Desde atrasos nos licenciamentos, atrasos nas obras, alterações nas opções de investimento, dificuldade de recursos humanos em contratar e formar equipas, mas, de facto, como dizemos, há uma elevada taxa de mortalidade entre os que se pensam nascer e os que afinal veem a luz do dia”.
A diretora executiva da AHP disse ainda que esta taxa de mortalidade não é, no entanto, “tão elevada” nas remodelações e reaberturas.
“Aqui, de facto, concretizaram-se 78% dos previstos, por razões naturais. É mais fácil prever isto [remodelações e reaberturas] do que fazer um investimento de raiz”, disse, pedindo “atenção ao que se anuncia e ao que efetivamente se vem a concretizar”.
Em janeiro de 2018, a AHP tinha previsto a abertura de 61 unidades hoteleiras, em junho, tal como a Lusa noticiou, esta previsão tinha sido revista para 42 e agora sabe-se que, efetivamente, acabaram por abrir 26.
Na apresentação das perspetivas para 2019, em dezembro de 2018, a diretora executiva da AHP já tinha informado que deverá ser adotada a expressão ‘pipeline’ na divulgação dos números das aberturas projetadas.
A BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa começou na quarta-feira para os profissionais do setor, abrindo ao público na sexta-feira à tarde e até domingo, na FIL, por onde deverão passar mais de 70 mil visitantes, segundo a organização.
Comentários