Segundo adiantou aos jornalistas o adjunto nacional de operações da ANPC, Alexandre Penha, as previsões meteorológicas de tempo quente e seco, aliado ao aumento de intensidade do vento leste, fazem aumentar o risco de incêndios rurais e o seu desenvolvimento rápido, pelo que foi decidido elevar o estado de alerta especial laranja para o dispositivo de combate a incêndios e colocar os distritos de Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Braga, Porto, Guarda e Viseu em alerta especial laranja.
O resto do país - indicou o mesmo responsável da ANPC - encontra-se no estado de alerta especial amarelo.
Apesar do tempo quente que também hoje se fez sentir, Alexandre Penha referiu que, neste momento, não existe um grande número de ocorrências de incêndios florestais.
"No dia de hoje vamos em 44 ocorrências, sendo os distritos que se destacam o de Vila Real (com o incêndio que deflagrou na manhã de sábado e que foi extinto hoje de manhã) e o distrito de Braga", precisou o dirigente da ANPC, num ‘briefing’ com jornalistas na sede da ANPC, em Carnaxide, no concelho de Oeiras.
Alexandre Penha vincou que a elevação do estado de alerta para o período que se avizinha não se restringe ao dia de segunda-feira, mas a um espaço de tempo que se prolonga até final da próxima semana.
Antes, em comunicado, a ANPC já tinha alertado para o “aumento do perigo de incêndio rural” até final da próxima semana, devido à continuação do tempo seco e quente e à intensificação do vento de quadrante leste.
“Na sequência da informação meteorológica disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a partir de hoje, 30 de setembro, e até ao final da próxima semana, assistiremos à continuação de tempo seco e quente, com temperatura em valores acima da média para esta época do ano, intensificação do vento de quadrante leste e agravamento evolutivo do risco de incêndio”, era referido no comunicado da ANPC.
Segundo a ANPC, apesar de se ter registado nos últimos dias uma ligeira descida da temperatura, “existe ainda grande disponibilidade do combustível florestal” devido ao tempo quente desde agosto que, conjugado com o atual quadro meteorológico, “poderá contribuir para a eventual ocorrência e propagação rápida de incêndios”.
A ANPC lembra que o período crítico foi prolongado até 15 de outubro e que, até lá, devem ser asseguradas medidas preventivas, não sendo permitida a realização de queimadas, fogueiras para recreio ou lazer ou para confeção de alimentos, ou queimar matos.
Estão ainda proibidos o lançamento de qualquer tipo de foguetes, fumar ou fazer lume nos espaços florestais e vias que os circundem.
A ANPC recorda também alguns cuidados a ter na realização de trabalhos agrícolas e florestais, nomeadamente na utilização de máquinas e equipamentos, evitando a sua utilização nos períodos de maior calor.
Na terça-feira, o Governo informou que decidiu prolongar até 15 de outubro o período crítico de incêndios no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios devido às circunstâncias meteorológicas expectáveis para a primeira quinzena de outubro
Já na quarta-feira o Ministério da Administração Interna anunciou que o dispositivo de combate aos incêndios rurais seria prolongado na sua capacidade máxima até 15 de outubro.
Hoje, Alexandre Penha admitiu a possibilidade de esta data vir a ser revista e alargada, caso as condições atmosféricas aconselhem um novo prolongamento.
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