“A Câmara Municipal de Lisboa informa que em virtude do pré-aviso de greve convocada para o próximo dia 12 de novembro [sexta-feira], poderá ser afetado o normal funcionamento do sistema de recolha de lixo na capital, entre os dias 11 e 12 novembro”, informou o município, em comunicado.

Na sequência dos transtornos que possam vir a ocorrer, para os quais agradece “a melhor compreensão”, o município de Lisboa avisou: “Não abandone o lixo na rua, ajude-nos a manter a cidade limpa”.

“Os serviços de Higiene Urbana do município irão desenvolver todos os esforços com vista a minimizar as eventuais consequências da situação”, indicou a Câmara de Lisboa, referindo que, após o período de greve, procederá “à rápida normalização do sistema de remoção de lixo e atividades complementares, como a recolha de ‘Lixos Volumosos'”.

A greve de sexta-feira, 12 de novembro, foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública em protesto contra a atualização salarial de 0,9% proposta pelo Governo.

“Uma coisa é certa: dia 12 será uma grande greve da Administração Pública”, disse na quarta-feira o líder da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, no final de uma ronda negocial com uma equipa do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa.

Na reunião, o Governo confirmou que vai avançar com uma atualização salarial de 0,9% para todos os trabalhadores da Administração Pública, um valor considerado “absolutamente insuficiente” pela Frente Comum.

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) também tinha marcado uma greve para sexta-feira contra a desvalorização dos salários e carreiras da administração pública, mas desmarcou-a na semana passada, face ao cenário de dissolução da Assembleia da República, por entender que “a mobilização dos trabalhadores deve ser aproveitada para um momento mais adequado”, nomeadamente para a discussão do futuro Orçamento do Estado para 2022, caso não seja melhor do que aquele que foi chumbado.