Para a ministra principal (chefe do governo autónomo) da Escócia, a alternativa deve ser a convocação de um segundo referendo, hipótese recusada pela primeira-ministra, Theresa May.
“Não basta os deputados dizerem que estão contra o acordo de saída. Os deputados têm o dever de decidir o que querem fazer em alternativa”, disse a ministra principal (chefe do governo autónomo) da Escócia numa entrevista à BBC.
A BBC noticiou hoje, citando fontes do executivo, que o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) vai ser votado na terça-feira 15 de janeiro.
O “voto significativo”, como é conhecido, estava inicialmente previsto para 11 de dezembro, mas foi adiado pelo Governo na véspera devido ao risco de ser chumbado por uma “margem significativa”, justificou na altura Theresa May.
Sturgeon, líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), disse esperar que a votação se realize mesmo na próxima semana, “para que os deputados possam decidir de uma vez por todas que não apoiam o acordo e, então, a Câmara dos Comuns pode consensuar uma alternativa”.
“Na minha perspetiva essa alternativa deve ser outro referendo” sobre a permanência da UE.
“Não dou por adquirido que haja uma maioria nesse sentido, mas o SNP contribuirá para construir essa maioria. E se conseguirmos que o Labour finalmente assuma uma posição, então estaremos mais perto de construir essa maioria”, afirmou.
Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, opõe-se ao acordo negociado por May e defende a convocação de eleições antecipadas, mas, segundo a imprensa britânica, há pressões crescentes dentro do partido para que apoie a realização de um novo referendo.
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