Três grupos, France Insoumise (esquerda), comunistas e ecologistas, já anunciaram que não vão comparecer, e apelaram para a realização de uma marcha, na terça-feira, junto à sede do governo francês.
Também o grupo socialista anunciou, no domingo à tarde, que não ia participar neste processo, o que resulta na ausência de toda a esquerda parlamentar.
“Não queremos participar em qualquer consulta sobre a continuação do calendário parlamentar (…) antes de conhecer o resultado da reunião de quarta-feira com os sindicatos”, disseram vários líderes socialistas, numa carta aberta a Borne, na qual indicaram que vão estar presentes na reunião com Borne para debater “a situação” no país, numa referência ao encontro da chefe do Governo, previsto para quarta-feira, com os principais líderes sindicais.
Os oito sindicatos da vertente social do protesto confirmaram a presença, mas insistiram que o Governo deve congelar a aplicação da reforma das pensões para dar tempo ao debate sobre outras possibilidades.
Mas Borne advertiu já que a suspensão de uma lei legalmente aprovada “é algo que não existe”, adiantando esperar falar com os líderes sindicais sobre outras questões relacionadas com o trabalho, tais como carreiras ou empregos particularmente árduos.
Na quinta-feira estão marcadas manifestações em todo o país e greves convocadas pelos sindicatos, no 14.º dia de protestos contra a reforma das pensões.
O impacto das paragens e a participação nas manifestações poderá proporcionar um novo indicador sobre se o protesto social vai manter a intensidade apesar das tentativas do Governo para apaziguar o país.
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