
Nuno Wahnon Martins foi assessor de um eurodeputado italiano e, atualmente, é um lobista inscrito no registo de transparência do Parlamento Europeu, o que lhe garante acesso às instituições, segundo a SIC, que avançou com a notícia da sua detenção.
O consultor em assuntos europeus é um dos suspeitos do caso de corrupção no Parlamento Europeu. E, por isso, foi ontem alvo de buscas por parte das autoridades belgas, com a ajuda da Polícia Judiciária e do Ministério Público. Foi revistada a sua residência em Portugal e dois lugares de trabalho do consultor, conforme apurou a SIC.
O consultor português foi detido esta quinta-feira em França para ser extraditado para a Bélgica e ouvido pelo juiz de instrução. A detenção surge no seguimento das suspeitas de corrupção no Parlamento Europeu que se fizeram conhecer esta quinta-feira.
Fonte do Ministério Público belga explicou à SIC que o processo de extradição pode levar até 40 dias. A partir do momento em que entra na Bélgica, Nuno Wahnon Martins tem 48 horas para ser ouvido e conhecer as medidas de coação.
O nome de Nuno Wahnon Martins surge ainda associado a um escritório de advogados em Lisboa, a Latin Legal Advisores, que afirma ter tido conhecimento da possibilidade do seu consultor externo ter sido visado, mas garante que o escritório não está relacionado com a investigação, nem foi alvo das buscas, cita a SIC.
A intervenção do português no caso pode estar relacionada com o trabalho que fez para outros deputados no passado. No Parlamento Europeu, dois gabinetes foram judicialmente selados, um pertence a um assistente de um outro eurodeputado italiano, Marco Falcone, do PPE, e o segundo de um assistente de um eurodeputado da Bulgária pertencente à família dos liberais, Nikola Manchev, do grupo Renovar a Europa,
Segundo a imprensa belga, estão a ser investigados 15 atuais e antigos eurodeputados, dez dos quais já se conhece o nome.
Comentários