Numa conferência de imprensa no porto inglês de Dover, o líder conservador assegurou que a sua estratégia, que inclui campanhas de dissuasão e uma proposta de lei para deportar os candidatos a asilo para países terceiros, “está a funcionar”, embora tenha acrescentado que “ainda há muito a fazer”.
Sunak afirmou, sem fornecer números, que “esta é a primeira vez desde o início do problema que as chegadas entre janeiro e maio diminuíram em relação ao ano anterior”.
As estatísticas oficiais mostram que, nos 12 meses até ao final de março, 45.000 pessoas chegaram em pequenas embarcações através do Canal da Mancha, entre França e Inglaterra.
Questionado por jornalistas, Sunak desvalorizou a influência de outros fatores externos, como a meteorologia, na queda nas chegadas nos primeiros cinco meses deste ano.
“As travessias noutras partes da Europa aumentaram quase um terço num período de tempo semelhante. Penso que este é o resultado das medidas que adotámos”, afirmou.
O primeiro-ministro salientou ainda que as chegadas de migrantes da Albânia, uma das nacionalidades mais comuns no ano passado, diminuíram 90% desde que o seu governo assinou um pacto bilateral de regresso.
O primeiro-ministro, para quem a redução da imigração irregular é uma das principais promessas do seu governo, confirmou que, para além de hotéis, os imigrantes serão detidos em barcos até que os seus casos sejam revistos.
O Governo conservador comprometeu-se a reduzir a despesa com o alojamento em hotéis, que ascende a 2,3 mil milhões de libras (2,6 mil milhões de euros) por ano, utilizando instalações como bases militares desativadas ou barcos ancorados.
O primeiro barco, com capacidade para 500 pessoas, deverá chegar nas próximas duas semanas, adiantou Rishi Sunak.
O primeiro-ministro anunciou também que, sempre que possível, os imigrantes terão de partilhar quartos de hotel com outros, uma medida que, segundo ele, permitirá libertar 11.500 lugares e 250 milhões de libras por ano.
“E digo isto aos imigrantes que estão a protestar: isto é mais do que justo. Se vêm para cá ilegalmente, pedindo refúgio da morte, da tortura ou da perseguição, deviam aceitar partilhar um quarto de hotel financiado pelos contribuintes no centro de Londres”, argumentou.
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