Fumio Kishida transmitiu hoje o convite a Lula da Silva durante uma conversa telefónica, informou num comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão.

O líder japonês manifestou interesse em “discutir diversos assuntos da comunidade internacional” com Lula da Silva no “encontro alargado dos líderes do G7”, que acontecerá entre 19 e 21 de maio em Hiroshima.

Kishida também demonstrou esperança que Lula, “com sua vasta experiência, tenha um papel ativo na reunião”.

O Presidente brasileiro agradeceu o convite, segundo nota do ministério japonês.

Os dois dirigentes manifestaram o desejo em alargar as relações políticas, económicas e sociais, no quadro do “grande potencial” de cooperação bilateral.

Kishida e Lula da Silva também trocaram impressões sobre a situação na Ucrânia ou sobre as tensões na Ásia-Pacífico relacionadas com a China e a Coreia do Norte.

Os dois líderes confirmaram a disposição de cooperar como membros não-permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O convite de Lula da Silva para o G7 chega uma semana antes da viagem do Presidente brasileiro à China para pedir ao líder daquele país, Xi Jinping, que promova o diálogo para restabelecer a paz entre Rússia e Ucrânia.

Lula da Silva reforçou, na quinta-feira, a sua disponibilidades para promover o diálogo de paz na guerra da Ucrânia.

Além dos líderes do G7 – grupo dos países mais industrializados composto por Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos-, Kishida convidou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, para a cimeira de Hiroshima.

Além de Lula da Silva, o Executivo japonês deve convidar outros líderes do chamado Sul Global, como o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente indonésio, Joko Widodo.