Entre os acusados inclui-se Idil Eser, diretora da Amnistia Internacional (AI) na Turquia e Taner Kiliç, presidente desta organização na Turquia, e ainda um cidadão alemão e outro sueco.

Nove dos militantes, oito deles atualmente detidos, estão indiciados por “assistência a uma organização terrorista armada”, enquanto Kiliç é perseguido por “pertença a uma organização terrorista”, precisa a Dogan.

O procurador solicitou entre sete anos e meio e 15 anos de prisão para os suspeitos, segundo a agência noticiosa.

Kiliç foi detido em junho, acusado de ter utilizado a aplicação de mensagem criptadas ByLock, que Ancara considera uma ferramenta de comunicação privilegiada dos envolvidos na fracassada tentativa de golpe de Estado de 15 de julho de 2016.

As autoridades turcas acusam o predicador Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, de ter fomentado esta tentativa de golpe de Estado, que o próprio tem negado insistentemente.

Os restantes ativistas foram detidos em 05 de julho quando participavam num curso de formação sobre segurança informática e gestão de dados na ilha de Büyükada, ao largo de Istambul.

O alemão e o sueco que estão ser julgados neste caso eram os formadores deste curso.

A agência Dogan não precisa qual a “organização terrorista” com quem os indicados terão alegadamente colaborado, uma expressão que geralmente se aplica às redes gulenistas, aos separatistas curdos do PKK ou ao grupúsculo de extrema-esquerda DHKP-C.

No momento da detenção, a AI denunciou uma “terrível afronta à justiça”.

Estas detenções provocaram uma violenta troca de palavas entre Ancara e Berlim, em particular devido à detenção do cidadão alemão. A Alemanha anunciou na ocasião uma reorientação da sua política, em particular na área económica, face a este parceiro histórico.